Acordos entre nós

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- Que tipo de preços? - Questionei.

Ele me deu um papelzinho com um número e nome escrito.

- Me liga mais tarde e marcaremos um jantar para discutir essa questão minha cara.

- Um jantar? - Eu ri - Não precisa de tudo isso...

- Na verdade era só uma desculpa pra te chamar pra sair. - Ele deu de ombros.

- Se eu for você promete ouvir meu lado e pensar em aceitar ir comigo no evento? - Encarei ele como um cachorrinho sem dono e ele cedeu.

- Pensar não é aceitar. - Ele enfatizou me dando um beijo na bochecha e seguindo seu caminho.

Eu tinha que convencê -lo, eu precisava! Toda a minha carreira estava em jogo, eu sabia os riscos de perder essa oportunidade.

Fui para casa pensando em como fazê-lo ceder. Quando deu mais ou menos 18:00 da noite liguei para o número do cartãozinho.

- Alô? - Falei logo quando ele atendeu.

- Clare? - Ele disse um pouco surpreso.

- Liguei na hora errada? - "Era só o que me faltava, eu ter ligado em má hora" pensei.

- Não de jeito nenhum! Eu só... Eu não esperava que você realmente ligaria, pensei que eu ia ter que comprar o Look pra ele me passar suas informações pessoais pra eu te ligar, mas o plano "A" funcionou muito bem, economizei uma grana. - Ele disse em tom de ironia.

- Uau, não sabia que era tão fácil burlar o sistema da agência assim, depois dessa eu acho que vou pedir pra eles me devolverem a minha ficha. - Debochei da situação.

- Relaxa, só eu posso burlar o sistema, sou privilegiado. - Ele diz.

- Então senhor cheio de privilégios, onde vamos essa noite?

- Ao Mino's Restaurant, você vai adorar!

-  Como você sabia que eu amo comida Italiana? Isso não estava na minha ficha.

- É não estava, mas todo mundo ama comida Italiana, não tem erro.

Concordei e me lembrei que eu precisava me arrumar, afinal, eu tinha que convence-lo de alguma maneira e jogar meu charme poderia ser uma opção. É claro, sem jogar sujo, eu nunca o faria sentir algo apenas pra persuadi-lo.

- Nos encontramos daqui uma hora?

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O lugar era realmente lindo, olhei pela janela enquanto o táxi estacionava, Pitt queria me buscar, mas eu gentilmente recusei.

Ao sair do carro fui até a entrada do restaurante, que era ilumidado e bem amplo.

- Olá, você fez reserva? - A atendente questionou-me.

- Oi, eu estou esperando um amigo. O nome dele é Piter.

- Creio que ele já está a sua espera, vou levá-la até sua mesa, me acompanhe.

Guiada pela moça que me atendera eu passei pelo restaurante até avistsr de longe o meu alvo, ele estava sentado em um lugar privilegiado, o que é muito difícil de se conseguir marcando assim de últimahora.

Quando seus olhos bateram em mim sua postura de endureceu um pouco, senti uma leve tensão nos olhos dele, ele estava nervoso?

Agradeci a mulher que me guiou e fiquei parada na sua frente por uns segundos. Ele tentava demonstrar calma, mas eu sabia que era uma farsa.

Me sentei na sua frente e quebrei o silêncio:

- Quais serão as negociações? Trouxe o seu advogado junto? - Fingi que a situação era muito séria e depois abri um sorrisinho.

 Tenho ranço de amar vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora