Novos Companheiros

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Após vários dias passando por pequenas vilas e acompanhando algumas caravanas, Drominus chega até o seu destino, o vilarejo de Mournstead localizado do lado de uma floresta e próximo a um pequeno morro é aparentemente normal, porém recentemente uma serie de crimes vem assustando os moradores, o Draconato após colher algumas informações descobre que os lideres fundadores da cidade vem sendo encontrados mortos próximos a cada entrada da cidade e sempre com o mesmo padrão: as vitimas aparentam em seus peitos uma grande marca triangular como se houvessem sido esmagados e em seus braços contém uma marca de uma estrela com um olho no centro e com as pontas dos dedos necrosados, seus corpos sempre são encontrados com a cabeça voltada para o sol poente. Ele, ao analisar os corpos deduz que, provavelmente, aquelas vítimas estariam sendo usadas como sacrifício e ele se pergunta "Mas... Sacrifício para o que?", ao guardar essa pergunta para si, ele vai conversar com os familiares de um dos mortos, ao chegar à casa de uma dessas famílias ele vê que a casa é também um pequeno comercio de alimentos e a esposa do falecido juntamente com seu filho, ao se aproximar ele reconhece que eles são elfos da corte do verão (elfos morenos e com seus corpos definidos, com cabelos longos e olhos claros). Ele então se aproxima, pede para ver alguns produtos e puxa o assunto dizendo - Soube do seu marido, sinto muito -
Então o filho q estava dando apoio a sua mão diz - Até agora não sabemos o porquê ele se foi. Só o vimos se contorcendo antes de... Aquilo -
- Aquilo... O que? - Ele diz virando para o garoto - o que aconteceu? -
- Foi... Estranho, ele do nada parou d se contorcer, levantou e foi em direção da floresta com os olhos revirados e falando em uma língua estranha -
- Uma língua estranha? Lembra-se do que ele disse? -
- Não sei, não consegui entender nada -
- Hum, tudo bem. Lembram-se de terem escutado alguma coisa antes do incidente? -
- Só a noite q ouvimos algo se movimentando muito na floresta, parecia que haviam três, não, uns cinco seres lá, Mas quando apontávamos nossas lamparinas não se avistava nada -
- Humm. Muito obrigado por tudo, meus pêsames novamente -
Drominus faz uma pequena compra e se retira do estabelecimento, ele se vira e se encaminha para onde o garoto havia dito que vinha o barulho para poder investigar. Ao adentrar na floresta ele percebe que a mesma é bem densa e um pouco sombria, mesmo com o sol estando em seu ápice, ao olhar ao redor pode-se notar uma pequena trilha improvisada que entra ainda mais na floresta, ele também nota que algumas arvores continham sinais de espadas, podendo demonstrar que ali havia sido um local de batalha a algum tempo atrás. Drominus resolve utilizar uma de suas magias que a tempo ele não utilizava, ele se abaixa encosta uma de suas mãos na arvore mais próximas e com a outra ele faz um pequeno circulo de invocação na terra, ele se concentra para tentar se comunicar com algum espírito que tenha se prendido aquela floresta por algum motivo. Ele ao conseguir se comunicar como espírito, Drominus se apresenta e diz que está à procura de informações sobre os últimos acontecimentos da região. Ele ouve uma voz calma e ecoada atrás dele que diz
- Eu sou Albazir Kahal e pelo que vejo você sabe mais do que aparenta demonstrar -
- O que eu sei não é de importância nesse momento, vidas correm perigo e eu preciso de informações. Vive nessa floresta a muito tempo, presenciou inúmeras coisas incomuns mas preciso que me responda, o que sabe sobre um elfo falando em línguas antigas e vagando pela floresta? -
- Será mesmo que não importa? Organizações secretas, símbolos estranho e três corpos alinhados não lhe é duvidoso? Mas já que quer ser direto lhe darei sua resposta. O elfo que fala pelos antigos já não é mais elfo, agora faz parte de algo grandioso, porém só ele não é suficiente. Para aquele que se denomina o grande retornar cinco deles devem perecer formando assim o olhar da estrela -
- Isso foi de muita ajuda, com todo o meu ser eu te agradeço, mas ainda preciso esclarecer algo, quem é esse "Grandioso"? -
- Um antigo que quis purificar a terra eliminando os mais fracos -
Drominus se prepara para realizar a próxima pergunta, mas algo retira a sua atenção, um farfalhar de folhas em um arbusto próximo, Ao olhar ele percebe que está tudo azulado e aquele barulho característico de floresta não mais existia naquele momento, ao olhar para onde a voz de Albazir vinha, ele repara que Albazir era um aarakocra (o aarakocra parece muito com pássaros grandes. pode chegar a um metro e meio de altura e têm pernas longas e estreitas que se afilam a garras afiadas).
- Que lugar é esse? - Pergunta Drominus
- Nós como reverenciadores dos espíritos quando dois de nós nos conectamos podemos prolongar nossos poderes e até nos revelar na nossa verdadeira forma -
- Mas por que me trouxe aqui? O que quer? -
- Para realizar o seu desejo: conhecer o desconhecido, caso queira -
- Sim! Eu quero -
- Para saber quem retornará você terá q saber quem são os antigos. Os antigos são os criadores de Kord (nosso reino), mas dentre eles um se destacou por ser o mais bruto e feroz. Por causa de seu poder Lindwrum se achava superior aos demais e quis dominar toda a terra. -
Ao ouvir essa história, Drominus vê a sua volta o cenário daquele mundo espiritual mudar e ele vê dragões e outras feras gigantes em circulo e algo que parece um dragão ou uma serpente negra com os olhos tão vermelhos quanto o sangue ao centro.
- Com a ajuda de nós os terrenos, os antigos conseguiram derrotar Lindwrum e ele jurou que se caso retornasse ele destruiria tudo aquilo que seus irmãos criaram -
- Então alguém quer se vingar contra o reino e a cada vitima sua vingança fica mais próxima -
- Muitos querem a queda do Reino, inclusive aqueles q se dizem filhos de Lindwrum -
- Filhos de Lindwrum, quem são? -
- São os que acreditam que a terra tem que ser "limpa" pelo grandioso -
- Pessoas de mau caráter e com grande poder... Péssima mistura. Já encontrei uma pista para o meu caminho, obrigado Albazir. -
Drominus faz uma reverencia para Albazir, pois o tempo de sua magia já está no fim, Albazir o retribui. Ao sair do plano espiritual Drominus percebe que esteve o tempo todo ajoelhado sobre os restos de um antigo guerreiro e a sua frente está uma pequena coruja orelhuda, a mesma lhe entrega uma pena e levanta voo, o draconato acompanha a ave com o olhar e então ele volta o foco para a missão, vai até a cidade e procura a elite para mais informações.
Ao chegar à base de informações daquele vilarejo, Drominus vê que os líderes da cidade estão com medo d serem os próximos e só um deles parece calmo, o que lhe deixa intrigado, mas ele diz:
- Senhores. Venho aqui hoje, pois quero fazer algumas perguntas sobre os assassinatos que ocorreram recentemente -
Um dos nobres lhe diz que a muitos ciclos atrás ele, seus companheiros ali presentes e os que foram mortos exilaram um mago que morava na região e que diversas vezes já quis o vilarejo só para ele. Uma nobre que aparenta ser uma monja diz
-Zaratras? A última notícia que tivemos foi que ele foi para além das montanhas. -
- Mas suas atividades estão ativas novamente -
- E o que ele estará tramando? -
- Deve ser algo haver com Lindwrum, temo que esteja tentando trazê-lo de volta -
- Mas isso é impossível -
- De alguma forma ele descobriu como trazê-lo de volta e acredito que as mortes estejam ligadas a isso -
Enquanto Drominus discutia com os lideres do vilarejo uma grande ave entra no local fazendo com que o draconato tenha um leve susto, mas o mesmo tenta se manter calmo e ao analisar aquele ser inesperado, ele repara que é outra espécie de aarakocra, diferente de Albazir que se assemelhava a uma coruja, esse aarakocra que entrou parece ser uma águia, ele veste um peitoral de couro sobre uma roupa azul escura e em sua mão direita ele porta um grande cajado de madeira q em uma das pontas contem uma pequena esfera azul bem cintilante e a outra ponta se encontra uma grande lamina curva de cor branca. Ele pousa no meio do salão e com uma reverencia diz:
- Meus senhores, tenho uma notícia pra os senhores. Hoje cedo nossos informantes avistaram um grupo estranho entrando na mata próximo às montanhas -
Drominus um pouco cuidadoso se aproxima desse ser que aparenta ser um guarda e diz
- Que tipo de Grupo? -
- Desculpe assustá-lo meu caro, não conseguimos identificar esse grupo, mas eles usavam vestes vermelhas com uma marca de uma estrela com um olho ao centro em preto -
- O mesmo símbolo encontrado nos corpos das vitimas, devem ser os denominados "filhos de Lindwrum!" Temos que segui-los -
-Mas se eles forem mesmo filhos de Lindwrum teremos q ter cuidado, pois podem ser perigosos -
Ao puxar o ar para iniciar a próxima frase Drominus é interrompido por uma batida causada por um anão carrancudo que estava um pouco afastado do grupo ao bater seu caneco na mesa, ele olha para a mesa e diz alto e em bom som:
- Esses vermes se acham supremos, mas não me assustam -
Drominus observa esse pequeno ser que no mesmo momento o encara novamente com certo desdém no olhar, o draconato então diz:
- Podem não te assustar, mas eu te garanto que seu líder o mataria em segundos então teremos que tomar cuidado, a cada morte o poder de Lindwrum aumenta e podemos nos meter em grandes problemas graças a isso -
- E quem é você pra dizer o que nós deveremos fazer? -
- Aquele que descobriu o que estavam tramando enquanto você ficava se escondendo, agora vamos atrás deles antes que percamos eles de vista -
O anão se prepara para responder, mas é calado pela elfa, que esticou seu bastão na frente dele e diz:
-Se eles - Diz olhando por canto de olho para o anão - não querem é porque são medrosos, eu irei contigo -
- Ótimo, é bom ter sua ajuda minha cara, sou Drominus, como posso lhe chamar? -
- Pode me chamar de Pazula- diz fazendo uma leve reverência
Então se é ouvido passos de aproximando e ao olhar Drominus vê um meio Orc e um Minotauro andando em sua direção.
-Nós também o acompanharemos meu caro, pode me chamar de Klar e meu amigo aqui se chama Ragnar. - Diz o Minotauro, surpreendendo o draconato, pois ate então só havia conhecido minotauros rudes da sua vivência na taverna de Akta.
- Ow, Vejo que temos mais companhia, bem-vindos ao grupo. Agora vamos, não podemos perder tempo -
Após todos realizarem seus preparativos eles se encaminham para a saída da sede e na porta os novos companheiros de Drominus lhe entregam algo que lhe parece uma moeda. Então Drominus diz
- Obrigado mas, o que é isso? Com o perdão da pergunta -
- Isso é um dos nossos símbolos de reconhecimento e proteção - diz Klar
- Aquele que o possui tem o prestígio das famílias ali marcadas - lhe diz Pazula
Ao reparar nessas moedas, Drominus repara que nelas contem silhuetas de criaturas sagradas. Todas representam algo importante.
- Essas criaturas ai representadas, simbolizam a formação de nossas respectivas famílias e em seu verso está cravado os nossos brasões de família. - Diz Pazula, ao notar a curiosidade do draconato.
-Eu não sei o que dizer, obrigado... Agora vamos temos trabalho a fazer- Diz Drominus enquanto guarda as moedas e se encaminha para a floresta.
Ao passar pelo vilarejo, Drominus conta aos seus recentes companheiros a sua trajetória até ali e como conseguiu levantar as informações já passadas. Ao contar sobre a sua conexão com os espíritos na natureza, Pazula lhe diz para que ele tente novamente se conectar com algum desses espíritos, só que mais próximo à casa da ultima vitima, para tentarem obter mais informações sobre o assassinato. Eles vão até a mata próxima a casa do falecido elfo, Drominus ao entrar na mata percebe que aquele local havia coisas diferentes do normal, galhos quebrados interrompiam a passagem, restos de panos presos nas árvores, pegadas umas sobre as outras como se tentassem apagar uma possível rota e uma coisa que chama bastante atenção e se destaca naquele lugar, uma pedra grande com uma marca gravada nela uma mão marcada em vermelho com um único olho em seu centro.
- Este símbolo é de um grupo de ocultistas assassinos conhecidos como Luva Negra, pelo que parece eles tem algo haver com isso. - Diz Klar um pouco atrás de Drominus, olhando essa estranha e um pouco aterrorizante cena, ele coloca a mão sobre o ombro do draconato e fala:
- Faça aquilo, tente encontrar uma pobre alma que esteja presa nessa região. - Drominus faz um aceno com a cabeça e ao olhar ao redor ele percebe uma região que parece que foi remexido, ele se aproxima com cuidado, remexe na terra com seu cajado e descobre apenas ossos, ele da uma respirada funda, se ajoelha, pega seu pequeno pingente do pescoço e o coloca sobre os ossos. Então ele fecha seus olhos e recita seu encantamento. Esse encantamento recebe uma resposta um pouco perdida e assustada que fala:
- Que... Quem é você?-
- Eu sou Drominus, vim como um amigo. Venho aqui em busca de informações que os vivos não puderam me dar. Quem é a pobre alma com quem estou falando?- Drominus fala isso enquanto procura ao seu redor, ainda tentando se acostumar com o mundo espiritual.
- E... eu me chamo Carathir Graytrails, ou pelo menos me chamava assim, mas que informação eu posso lhe dar?- diz um espírito de um elfo que sai por de trás de uma arvore próxima.
- Desculpe pelo inconveniente mas... O que você viu nos últimos momentos em vida? Conseguiu ver quem o matou? - Diz o draconato olhando para o espírito.
- Não me lembro ao certo, apenas me lembro de estar fazendo meus preparativos para iniciar meus treinamentos matutinos. - Carathir diz olhando para baixo com certa tristeza na voz.
- Consegue se lembrar de algo incomum?- diz Drominus com delicadeza.
- Lembro-me de uma movimentação na mata próxima a minha residência e em seguida um zumbido insuportável que cada vez ficava mais alto e mais próximo, até que perdi a consciência e bom... Aqui estou agora - Diz enquanto se aproxima dos restos de seu corpo. - Desculpe não ajudá-lo mais, mas isso é tudo o que me lembro -
- Não precisa se desculpar suas informações já foram de grande ajuda, agora o deixarei em paz- Diz o mago ao perceber que o tempo de seu encantamento já esta ao fim, ele acena para o espírito e encerra seu encantamento.
Ao finalizar o seu rito, Drominus repassa as informações aos seus aliados e diz - Fiquem em alerta, estamos chegando perto de algo - E ao reparar melhor ao seu redor ele percebe uma série de pegadas amontoadas que vão em direção ao interior da floresta, indo para as montanhas ao fundo - Eles devem ter ido por aqui, vamos, temos que encontra-los - Eles seguem essas trilhas e observam que mais a frente se tem uma clareira e o que parece uma fogueira apagada e abandonada. Ao se aproximar o grupo repara que aquela fogueira aparenta ser recente e temem que algum inimigo ainda esteja por perto, então eles lentamente começam a puxar suas armas e a ficar mais em alerta, Drominus ouve uma movimentação a sua esquerda, indo para o interior da floresta e em seguida ouve passos se aproximando, ele segura seu cajado com as duas mãos e aperta firme mirando a sua frente. O que vem em sua direção aparenta ser algum ser grandioso montado em algum cavalo, surge então uma luz forte, como se parecesse que uma estrela desceu dos céus e está pairando na frente do draconato, o mesmo que aperta seus olhos, pois a luz foi repentina e incomodou seus olhos.
Drominus coloca uma das mãos a sua frente para diminuir a claridade em seus olhos e tenta olhar a fonte dessa estranha luz e consegue apenas definir um grande contorno de um animal quadrúpede e o que parece uma pessoa sobre ele.

Drominos, o DraconatoOnde histórias criam vida. Descubra agora