Nala

12 4 0
                                    

Ao acordar Nala percebe que a seu lado havia um coelho enrolado dormindo, então ela faz carinho em seu dorso que o faz estremecer com o ato. Ela se levanta, se espreguiça e se encaminha até o lago próximo para lavar seu rosto, ela se encaminha até o lago e pelo caminho vai cumprimentando seus amigos animais que ela encontra, já no lago ela agacha o seu grande corpo centauriano a beira do lado e olha a ponta oposta, onde ela vê um amigável gnomo vestindo uma roupa simples com um colete e uma bolsa de lado encostado numa árvore enquanto toca uma flauta com duas saídas. Ela termina de lavar seu rosto, ajeita seu grande cabelo loiro e retira algumas folhas que estavam presas em seus chifres, em seguida ela enche o seu pequeno cantil e pega de sua bolsa uma folha de menta, a qual ela coloca na boa para melhorar seu hálito. Ela da um aceno para aquele gnomo e retorna para dentro da floresta e retoma a sua rotina: ajudar todas e quaisquer criaturas indefesas e machucadas, restaurar a vitalidade de algumas plantas fracas e quase mortas.


Ela se aproxima de um pequeno arbusto onde ela começa a retirar pequenas frutas rosadas, parecidas com amoras, e as coloca em um pequeno saco, ao olhar para baixo ela vê uma pequena raposa tentando alcançar uma dessas frutas em um galho mais alto que ela alcança então Nala abaixa o galho para ajudar essa pequena criatura e ao se levantar ela repara em uma coisa que não havia reparado antes, ela vê ao longe, próximo a trilha, uma criatura ajoelhada no chão que aparenta estar olhando para uma coruja, ele não aparenta estar ferido ou cansado, mas sim meditando. Ela o observa por mais algum tempo a procura de alguma possível armadilha ou algo anormal. Ao perceber que tudo aparenta estar no lugar ela se aproxima com um pouco de apreensão e acaba mexendo um pouco das folhas.


Essa criatura não reage da maneira que Nala imaginaria ao invés dela se levantar com o barulho das folhas, a criatura apenas vira sua cabeça em direção a Nala e ela percebe que aquele estranho é um draconato, mas Nala percebe algo que já havia visto antes, os olhos do draconato estavam com apenas a parte branca de seus olhos a mostra, e então ela percebe que ele pode estar ali fisicamente, mas sua mente estaria conectada ao mundo espiritual e que, possivelmente, aquela coruja seria o elo entre os dois mundos.


A centauriana continua a observar aquela criatura. Mesmo sabendo de qual se trata, nunca tinha visto de tão perto. E todos os detalhes seriam importantes, para saber o que fazer se algo acontecer e não por ninguém, principalmente a floresta em perigo. Então ela percebe que o draconato volta a olhar a coruja e enquanto ele vira seu rosto, Nala percebe que aqueles olhos, anteriormente brancos, estavam voltando a sua coloração normal, ele sorri para a coruja que lhe entrega uma de suas penas e voa para a sua direção e Nala percebe que aquela coruja era um de seus amigos, Albazir, e em seguida o draconato se levanta, vai até a trilha e segue em direção ao vilarejo ali próximo.


Mesmo um pouco confusa vendo o seu amigo coruja, a centauriana se lembra dos ensinamentos que teve ao longo da vida. Que as pessoas importantes poderiam voltar como animais/criaturas para nos ajudar em alguma jornada. Um tipo de reencarnação da natureza, que só acontece em casos raros. Ela então caminha devagar com a coruja ainda em meu ombro, esperando que lhe diga algo, para não estar perdida na vila onde se encontra o Draconato. Durante sua caminhada seu amigo lhe passa uma mensagem como se fosse a voz em sua mente lhe dizendo para não temer, pois ele seria um aliado que ajudará a proteger aquele reino. Seus ombros relaxam assim que escuta sua mensagem. Como se tivesse tirado um peso das costas, mas que logo voltou.


"Se ele veio para nos ajudar a defender nosso reino... Veio para defender de quem? Ou que?"


Em seguida ela tem a sua resposta "uma ceita que quer reerguer um mal antigo" - essas palavras lhe vem à mente n como a voz da sua consciência mas sim como uma lembrança. "Um dos grandes Antigos está para voltar e jurou destruir todos àqueles que o derrotaram". Nala para um instante e tenta se concentrar nessa lembrança, em todas as informações que são dadas para ela. Para Nala tudo é importante agora. Desde pequena haviam lhe falado dos "Grandes Antigos", na destruição que causam e no medo que traz para todos que vivem na floresta.


"Se um deles está mesmo voltando, temos que estar preparados." Albazir começa a lhe contar um pouco sobre os Grandes Antigos e em sua mente Nala começa a ter imagens de diferentes criaturas reunidas, dragões, grifos, elfos, fadas, sátiros, ... e todos eles estavam julgando outra criatura escura com olhos de cor vermelho sangue.


- Aqueles que se denominam "Filhos de Lindwrum" querem q ele volte para limpar todo o mundo para que só eles, juntamente com Lindwrum possam governar.


Essas palavras ficam na cabeça de Nala durante o dia inteiro, principalmente "Limpar todo o mundo". Ela continua andando pela floresta, agora um tanto quanto distraída até que uma coisa lhe trás de volta a realidade, uma clareira no meio da floresta, Nala sente um grande aperto em seu peito por terem feito isso com a floresta e o que mais a incomoda é a fogueira deixada no meio dessa lareira, quando ela vê o fogo fica apreensiva. Com medo. Mesmo sendo uma lembrança, aquilo lhe traz sentimentos reais, sentimentos ruins demais. Quando olha o draconato, minha primeira atitude é pedir ajuda, pedir ajuda para apagar o fogo, sendo ele verdadeiro ou não, mas suas pernas e sua voz a desobedecem, ela rapidamente se esconde atrás de alguns arbustos e observa aquele draconato chegando mais perto daquela clareira.


Seu coração começa a acelerar com uma mistura de curiosidade, trauma e um tanto de ansiedade para apagar aquele resquício de fogo, então ela saca seu arco e puxa uma de suas flechas, ativa uma magia para incomodar os olhos daquele estranho, ela fica um pouco ofegante e lentamente começa a se aproximar dele.


Drominos, o DraconatoOnde histórias criam vida. Descubra agora