Till Death Do Us Part

Capítulo III - Ritual

Till Death Do Us Part

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·         Algumas pessoas não estão acostumadas, então achei melhor avisar. Sobrenomes como Kim, Park, etc são muito comuns na Coréia. Vocês com certa frequência vão se deparar com personagens com o mesmo sobrenome e nenhum grau de parentesco. Pense nisso como um "Sillva", haha.

·         A maioria dos bruxos se misturam no mundo humano, têm trabalhos comuns e frequentam lugares comuns, afinal seria muito estranho se não o fizessem. Seria no mínimo suspeito tu ter um vizinho que não sai de casa, né?

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Capítulo III – Ritual

O quarto tinha todos os resquícios possíveis de um ritual. As velas, o pentagrama, o cálice ao chão próximo de um Yoongi apoiado em ambas as mãos e joelhos, tentando recuperar o fôlego.

Não havia tempo. O clique dos saltos ficando cada vez mais altos pelo corredor.

Taehyung estalou os dedos e desaparatou, desaparecendo do quarto em um mísero segundo.

- Nos vemos em breve, Kim. - e com mais um estalar de dedos, Jimin desapareceu logo em seguida, a porta sendo aberta segundos depois pela morena de cabelos longos.

Hwasa arqueou uma sobrancelha.

- Temos um corpo. - anunciou, analisando o quarto. Antes que pudesse verbalizar qualquer desconfiança, Yoongi, já transformado em gato, enrolou-se nas pernas dela.

Se o familiar de Hoseok estava ali, então seja lá o que for que o sobrinho estava fazendo, não era nada demais.

- Já faz algum tempo. Quem morreu, dessa vez?

Era uma cidade pequena e os Kim gerenciavam uma pequena funerária ali mesmo. Uma construção ao lado era dedicada apenas à preparação dos corpos e numa pequena capela mais adiante eram realizados os velórios.

Corpos, Kim Namjoon já estava acostumado. Velórios e pessoas, não. O atendimento ficava por conta da tia, que as vezes precisava consolar os entes queridos que ficavam para trás.

- Nós não sabemos. - ela disse, observando as unhas longas pintadas de vermelho.

Namjoon arqueou uma sobrancelha.

- Uma jovem o encontrou à beira do rio, ensanguentado. Reportou a polícia. Já estava morto. Não é daqui. - ela continuou, andando, enquanto ele a seguia para o local onde estava o corpo.

- E por que este corpo está aqui e não com a polícia? - ele perguntou. Adentraram a sala onde os corpos vinham para ser preparados para o velório e Namjoon aproximou-se da enorme mesa onde jazia o corpo coberto por um tecido branco.

- Moonbyul o trouxe. Muitos sinais óbvios de que foi morto por um bruxo. Seria difícil explicar, em uma cidade pequena como essa. Não queremos causar alarde ou chamar a atenção de caçadores.

Moonbyul. A policial era bruxa e muito próxima de sua tia. As duas estudaram juntas na Academia há muitos anos atrás. Era conveniente ter alguém do Coven na polícia. Assuntos como esse podiam ser facilmente resolvidos sem que houvesse necessidade de acionar alguém da elite.

Namjoon puxou tecido, revelando o corpo de um jovem rapaz. Hwasa desviou o olhar. Tinha cabelos negros, feições delicadas, lábios carnudos e ombros largos. Estava com a camisa aberta. No peitoral, inúmeras cicatrizes, as mais recentes ainda abertas, aparentemente feitas com uma faca. No abdome, o símbolo da Deusa Tríplice - uma lua cheia ao centro com meias luas ao lado - entalhado, como uma queimadura.