'Há coisas que não são possíveis de colocar em palavras, que são intensas de mais para isso, para serem entendidas, mas que podem ser sentidas'
31 de agosto de 2018 – Dublin –Irlanda
Perguntas, eis uma coisa que sempre tive bastante, afinal sempre fui muito curiosa, mas eu não tinha as mesmas perguntas que normalmente a maioria das crianças têm. Eu sempre fui curiosa em relação a vida, as pessoas, ao universo, sempre quis entender as pessoas e o mundo.
Foi buscando as respostas para as minhas perguntas que descobri o meu amor pela escrita, pela arte, pois acredito que qualquer forma de expressão é arte. Como colocamos o que sentimos para fora, é a nossa maneira de falar com o coração.
Quem disse que isso bastava para mim? Não, nunca bastou, eu queria mais. Foi aí que comecei a escrever a história das pessoas, afinal acredito que para entendermos as pessoas temos que entender sua história. Quem fomos no passado e o que passamos nele, moldou as nossas atitudes no presente e nos tornorá quem seremos no futuro.
Histórias, podemos dizer que a principal história da nossa vida começou quando nascemos, foi aí o início de tudo. Nós, seres humanos, somos colecionadores de histórias, participadores de histórias.
Sabe aquela personagem que teoricamente não faz muita diferença na história, mas sem ela nada aconteceria que atua de anjo da guarda, fada madrinha, melhor amiga, chame do que quiser mas esse é o meu papel nessa história. Sempre passando despercebida, contando histórias, fazendo e vendo aquilo que ninguém mais vê por estarem ocupados demais com seu próprio enredo. Sim, estou sendo repetitiva, é que a vida combina com o contexto.
Por favor não pense que estou reclamando disso, muito pelo contrário, não poderia exercer papel melhor e que eu mais gostasse. Porém, como toda boa contadora de histórias eu também tenho a minha para contar e é por isso mesmo que vamos começar um pouquinho diferente dessa vez.
Era uma vez ....
Era uma vez o cacete, eu lá sou princesa para ter a história começada com era uma vez. Pelo amor de deus. Foco Luna antes que você caia da merda dessa janela isso sim. Calma me deixa explicar caro leitor que de alguma forma se interessou pelo que aconteceu comigo.
A minha história começa com uma garota loira pulando uma certa janela na Irlanda. Era uma linda e última noite do verão, onde a liberdade reinava pela última vez antes da volta da vida real. Nela, seriamos jogados no mundo, rumo a um futuro incerto repleto de pressões e vestibulares tendo que decidir o resto de nossas vidas quando nem sabemos o que queremos comer no café da manhã.
-Puta Mer... - abafei o palavrão quando cai de mal jeito da janela, fazendo um barulhão, meus tios iam acordar desse jeito. Era só o que me faltava, depois de mais de 9 meses pulando essa maldita janela sem ser descoberta. Meus tios acordarem a essa altura do campeonato ia ser muito azar. Em minha defesa era tudo culpa da minha tia que resolveu colocar aqueles materiais de jardinagem em baixo justo da minha janela, que eu lá ia me lembrar nessa hora.
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Com amor e Reticências
Teen FictionLuna acaba de se mudar novamente em menos de um ano estando morando em um país completamente novo. Londres é um desafio na sua opinião, morar com a mãe novamente após a intensa e complicada separação dos pais, mesmo que fosse acompanhada de longe na...