rebelião para crianças problemáticas.

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SOFYA PLOTNIKOVA acordou as 5 da manhã. Suas costelas ainda doiam, sua cabeça ainda girava, e ela definitivamente conseguia se lembrar de todos os torturantes (literalmente) minutos na sala de detenção, sua voz ainda falhava um pouco do tanto que havia gritado.

Ok que Noah Urrea havia se dado muito pior, ela não sabia nem como ele teve forças para ir até o Salão Comunal, muito menos como ele havia conseguido ajudá-la a caminhar até lá. Sofya ainda não se sentia nem um pouco confortável do lado dele (ou de qualquer pessoa no internato), mas era difícil de se dizer não em situações como aquela.

Sofya levantou e se arrumou tentando não fazer barulho. Pensou em acordar Heyoon e pedir ajuda com as talas, mas decidiu que tentaria fazer por si mesma e se contentou com o resultado mal feito. Pegou sua capa e saiu mancando do quarto até o Salão Comunal.

─ O que faz acordado a essa hora? ─ Sofya sussurrou no ouvido do irmão, que estava sentado no sofá olhando a lareira, ele deu um pulo

─ Sofa! que susto, o que faz aqui? ─ ele perguntou baixinho também

─ Eu perguntei primeiro ─ Ela sentou no sofá, tentou não reclamar da dor nas costelas mas foi impossível não fazer uma careta

─ Estava sem sono. Você foi pra detenção ontem, com o Fuller, todos comentaram, foi muito ruim?  ─ ele perguntou, Sofya sorriu e passou as mãos nos cabelos do irmão

─ Nada insuperável ─ ela disse

─ Insuperável no nivel humano ou no nível Sofya? ─ ele brincou

─ O que importa agora é que eu estou bem ─ Sofya mentiu, trocando de assunto

─ Eu sinto falta do papai e da mamãe ─ Disse Art, Sofya hesitou

Haviam 2 anos que seus pais haviam morrido, e por essa razão Artem teve que começar a estudar em La Foulie também, e agora eles estavam sob a guarda de seus tios. Sofya nunca tocava no assunto, e sempre que Art o mencionava ela tentava evita-lo.

─ É, eu também ─ Ela disse, mexendo no colar que ficava escondido dentro da blusa

─ Um dia você vai me contar por que está aqui? ─ ele perguntou, Sofya deu um longo suspiro

─ Quem sabe, mas antes talvez eu temho que superar o que aconteceu primeiro ─ Ela disse abraçando o mais novo ─ Ei olha, já tá quase na hora do café, vamos?

Art sorriu e pegou a mão da irmã, Sofya e ele seguiram para o Salão Principal.

Noah Urrea estava decidido a ficar na cama pelo resto do dia, mas a não ser que ele quisesse mais um dia de tortura, ele teria que achar forças pra levantar da cama

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Noah Urrea estava decidido a ficar na cama pelo resto do dia, mas a não ser que ele quisesse mais um dia de tortura, ele teria que achar forças pra levantar da cama.

Ele não se lembrava de muita coisa do dia anterior, tinha alguns flashbacks de estar gritando, de Sofya Plotnikova gritando, tinha certeza que ela tinha o ajudado a andar até o Salão Comunal, talvez mesmo depois de tudo a antiga Sofya Plotnikova ainda estivesse por ali.

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