Capítulo III: Chá no Jardim (Parte II)

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Às 4:40 Lau e Ran-Mao chegaram a mansão. Eles se encontravam no escritório do conde, ao lado direito de Ciel estava Sebastian atento as notícias do chinês.

- Então... Quais são as novidades? - Perguntou o conde com um olhar demoníaco.

- Senhor conde, não sei se está preparado para o que vai ouvir. - Disse o chinês, fazendo uma "cara" séria que logo voltou para a descontraída. - Bem, o que o senhor quer saber mesmo?

O conde e o mordomo tinham esquecido dessa mania do comerciante e tiveram que o contar o por quê estava ali.

- Está acontecendo um caso muito estranho e curioso onde fica a minha propriedade. - Começou Lau.

- Que tipo de caso? - Perguntou o mordomo.

- O que faz seu corpo todo arrepiar. Vocês sabem bem o tipo de gente que vão ao meu estabelecimento. - Respondeu o comerciante.

- Sabemos, homens e mulheres de grandes riquezas que procuram por drogas ou aproveitam de outras pessoas. - Disse Ciel.

- Isso mesmo! Bem, um homem que foi reconhecido como Vinicius Voltaire, chegou recentemente se não me engano, semana passada. Ele pediu tudo do melhor, as melhores drogas, o melhor vinho, a melhor mulher. Tudo foi servido ao seu gosto, a minha melhor moça também, ela era uma das poucas inglesas que trabalhavam comigo.

- "Trabalhavam"? - Estranhou Ciel.

- Sim. A moça sumiu, assim como ele e mais duas. E me parece que isso não aconteceu só comigo, mas, também com alguns colegas.

- Sequestro? É isso que você suspeita? - Perguntou Sebastian.

- Não acho que foi um sequestro, mas, posso chamar assim. - Disse o chinês.

- Entendo. Então você quer que o Cão da Rainha se envolva com uma casa de prazer? - Perguntou Ciel.

- Esse caso é mais curioso do que você pensa. Esse tal de Vinicius foi em cada uma dessas casas.

- Como assim? - Perguntou Sebastian.

- Os meus colegas do ramo, disseram que um homem de mesmo nome e aparência tinha aparecido de repente assim como desapareceu com algumas de suas mulheres e homens.

- Homens também sumiram? - Se perguntou Sebastian.

- Sim. Mas, não foram de todas as casas. Da minha só desapareceram mulheres. - Falou Lau.

- Interessante... Certo ficaremos com o caso. - Disse Ciel.

- Ótimo! Quando poder levarei vocês até as casas, para mais detalhes. - Disse Lau se levantando. - Conde, foi uma honra.

- A honra foi toda minha. - Disse Ciel se levantando e saudando o mais velho.

- Jovem Conde, tome cuidado com quem anda à sua direita. - Sussurrou o chinês deixando logo em seguida a mansão.

- Hum! Você que deveria ter cuidado... - Disse vendo o chinês indo embora.

O chá do jardim se esfriou...

O Pobre Senhor [Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora