casamento- parte 3

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FP on.

FP- Desculpa estragar a festa, isso não é justo com vocês, não é justo com ninguém.

Falo a última parte olhando para o meu pai.

Betty- Tá tudo bem. Eu só espero que tudo se resolva.

FP- Vão pra lua de mel de vocês. Façam isso por mim. Pela Alice. Se divirtam e sejam felizes.

Jughead- Tem certeza que vocês vão ficar bem?
FP- Vamos, agora vão. Paris aguarda vocês.

Betty- Não foi justo. Vocês se amavam.
FP- A vida não é justa. E nós não teríamos vocês se o que aconteceu não tivesse acontecido.
Jughead- Mas vocês não foram felizes.
FP- Fomos sim, somos. Vocês são a nossa felicidade.

Betty- Eu vou ir dar tchau pra mamãe. A Polly disse que ela está no hotel.

...

FP off.
Betty on.

Betty- Mãe? Pode abrir.

Ela abre a porta. Ela está com o cabelo amarrado em um coque e está com uma péssima aparência. Parece que chorou a noite toda. Nunca vi ela desse jeito.

Dou um abraço nela. Ela se surpreende, mas logo retribuí o abraço. Ela tem um abraço bom.

Betty- Nós vamos ir. Vamos para a lua de mel em Paris.

Falo nos afastando um pouco.
Ela vai em direção ao sofá do quarto e eu a acompanho. Nos sentamos lá.

Alice- Que bom querida, fico muito feliz.

Ficamos em silêncio por um tempo.

Betty- Você amava o papai?

Alice- Ele é um bom homem. Sim, eu o amava.
Mas não como eu amava o FP. Nunca cheguei nem perto de amar seu pai desse jeito.
Betty- FP é a sua alma gêmea né?

Alice- Sim. Mas sabe filha, sua avó me contava uma história. As vezes, algumas almas gêmeas são separadas. Isso pode doer, pode machucar. Que nem quando um fruto que estava feliz em sua árvore, que estava sendo nutrido e que estava colorido.
Mas aí, vem um vento forte, e o derruba.
O tempo em que o fruto vê sua árvore se distânciando, é o mais dolorido. Ele vai caindo e se afundando em tristeza.
Ele cai, chega no fundo.
Vai apodrecendo em tanta tristeza. Só restam as lembranças da época em que ele era feliz, na árvore. Então ele morre. Mas nada está realmente morto se você olhar do jeito certo.
Então ele começa a crescer de novo. No começo ele não entende o que aconteceu, mas aí ele percebe que a chuva que está caindo, o fez crescer.
Ele cresce e quando percebe, está tento florzinhas. Ele está começando a ser feliz de novo. E depois, vem os frutos. Ele se sente muito feliz. Ele não sente mais dor. Finalmente ele está em paz de novo.
Eu nunca entendi o que a sua avó queria dizer com isso, só que nessa madrugada eu entendi. Tem esse quadro aqui, que eu sempre carrego comigo, em qualquer viagem que eu vá, eu levo ele na mala. Nessa madrugada eu peguei esse quadro e tirei a foto de dentro. Eu já fiz isso milhões de vezes. A foto é da minha mãe me segurando no colo quando eu nasci. Só que hoje, quando eu tirei a foto do quadro, eu não olhei só a foto, eu olhei o quadro. E achei isso. Está esculpido a mão. Você é o fruto da minha felicidade, eu te amo. FPJ. Foi o Forsythe Pendleton Jones que esculpiu a mão. Para a minha mãe.
Ele a amava.
Ela o amava.
Mas ela não podia ficar com ele.
Então ela partiu o coração dele. E se casou com meu pai.
Aí você se pergunta, por que ela fez isso se ela o amava? Porque ela estava grávida.
Grávida de mim.
É, ela já estava com meu pai. E se apaixonou pelo Forsythe. Só que quando ela descobriu que estava grávida. Desistiu dos planos de fugir com o seu amor e ficou com meu pai. Eu fui a infelicidade e a felicidade dela. Um filho nunca trás tristeza. Mas as vezes, as circunstâncias podem trazer.
Forsythe nunca perdoou ela. E quando descobriu que eu era filha dela. Ligou para os amigos dele de Nova York e pediu para que me chamassem para estudar lá.
Quando viu que eu não aceitei, falou tudo aquilo para mim. E quando eu fui chorando pra casa. Minha mãe chorou comigo. E disse pra mim ir pra Nova York. Que ela cuidava de tudo.
Então ela escreveu aquela carta para o FP.
Ela queria me proteger.
E o Forsythe queria proteger o filho dele de se machucar como ele tinha se machucado com a minha mãe.

Por nossos filhos- FaliceOnde histórias criam vida. Descubra agora