16 - She deserves it

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☠️|Cole's point of view

Eu acordo com uma imensa dor de cabeça e me deparo deitado em uma cama de hospital. Como eu vim parar aqui?

Vejo Lili dormindo em uma poltrona e meu pai falando com algum médico.

— ...Recomendamos repouso de 2 dias, caso ele fique desse jeito mais vezes, nos avise que iremos fazer mais exames.

— Certo. Obrigado, doutor - meu pai agradece algo a ele, mas não consigo entender muito bem. Olho mais uma vez em volta e o mais velho percebe que eu acordei - Oi, filho.

— Pai, o que eu to fazendo aqui?

— Pelo que Lili me disse, você expulsou um cara da casa deles e depois começou a ficar tonto e desmaiou.

— Mas c-como eu desmaiei? Eu lembro de expulsar o novato e depois a família de Lili começou a dizer coisas malucas como: "A gente não te quer" ou "Ninguém vai te querer"

— Deve ter sido alguma alucinação antes do desmaio, isso já aconteceu comigo uma vez. O médico disse que pode ter sido excesso exagerado de raiva, mas que não é nad a muito grave.

Fico um tempo encarando o nada e acabo aceitando que aquilo podia não ter acontecido.

Olho pro lado e vejo uma certa loira abrindo seus olhos aos poucos e quando ela me vê, solta um sorriso e corre para me abraçar.

Nos seus braços eu me senti melhor, e aquele cafuné... eu já disse que amo seu cafuné? Acho que não, mas to dizendo agora.

— Você me assustou - ela sussurra, ainda me abraçando.

— Desculpa.

— Não se desculpe, aconteceu porque aconteceu, você não tem culpa de nada. - ela fala olhando nos meus olhos.

Suas unhas passam pela minha pele e me fazem arrepiar, e aquele sorriso que tinha no seu rosto, chega fazia eu me retorcer por inteiro.

— Eu vou deixar vocês sozinhos - meu pai avisa, saindo pela porta.

— Eu esqueci que ele tava ali vendo isso - a loira fala rindo.

— Tudo bem. Deita comigo? - peço gentilmente.

Ela faz isso, e quando ela se deita ao meu lado, agarro seu corpo com meus braços, ficando em uma posição muito confortável, de frente para seu rosto.

Ficamos um tempo nos encarando e na sua face, percebo um arranhão, pequeno, mas que não estava ali antes.

— O que é isso? - toco no local, e a mesma vira o rosto, fechando os olhos brutalmente - Desculpa.

— Não é nada.

— Nada?

— É sério, tá tudo bem - ela desvia seu olhar de mim e fica um tempo deitada no meu ombro.

— Posso te perguntar uma coisa?

— Depende.

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