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               Seus pensamentos estavam voltados nas atitudes de ChanYeol, não entendia como suas palavras eram tão atrevidas, porém, sua atitude era mínima, nem mesmo encarava seus olhos com firmeza. O moreno causava-o arrepios internos, como uma brisa gelada nas noites de inverno. Estava frustado por seus planos fracassarem, o humilde jovem permanecia tratando-o de forma respeitável, sem encostar-lo um dedo se quer, Byun não desistiria facilmente, havia consciência de Park ser bolsista e ter grandes possibilidades de expulsão por alguma atitude grave, apenas precisará pensar em irritar-lo até fazer-lo perder completamente a paciência consigo, acabava de tentar pela primeira vez, tendo fracasso, palavra desconhecida pelo burguês.

             Caminhou em passos rápidos em direção a sala de aula acompanhado de seus amigos populares, quais trocavam sermões em questão das maldades desnecessárias do rapaz, BaekHyun ignorava-os, sua cabeça estava em outro mundo, praticamente entre as nuvens, as sensações que sentia deixava-o bem consigo, mas partia o coraçãozinho inocente de ChanYeol. Sentou-se em seu devido lugar para assistir os últimos períodos, quais passavam rapidamente, coisa que Byun agradecia todos os dias. Park havia entrado no local, resultando em um sorriso nos lábios do baixinho, o menor preparava-se para colocar seu pé no caminho do maior, o único detalhe que havia esquecido era o moreno sempre opinar em ficar o mais longe que pudesse do loirinho. Balançou a cabeça negativamente com as bochechas infladas e recolheu seu pé, colocando-o em seguida embaixo da mesa.

            Seu braço direito encontrava-se contra a mesa e apoiou o queixinho sobre a mão, desenhava seu nome algumas vezes nas folhas limpas de seu caderno, entretanto, escutava perfeitamente as explicações feitas pelo professor, sem mencionar que aprendia todos os dias por ser ensinado rigidamente desde pequeno, Byun não brincava como as demais crianças durante a infância, enquanto presenciava seus vizinhos brincarem junto de amigos ou seus pais, o garoto estava estudando matérias complicadas que perguntava-se se somaria positividade futuramente em sua vida. O silêncio constante da turma atraiu o loirinho, desfazendo a sua atenção do caderno, nenhum dos demais havia respondido a questão matemática corretamente, alguns tentavam a sorte, outros nada da boca escapava. Seus lábios ficaram entreabertos, mas interrompeu-se de prosseguir. O menor abaixou imediatamente a mão erguida de Junmyeon, o baixinho sabia que ele ou Kim tinham a resposta correta, mas desta vez não deixaria essa oportunidade passar.

             — Professor, talvez Park ChanYeol gostaria de responder corretamente sua pergunta. — Sorriu vitorioso ao ter a atenção do mais velho, logo levando-a ao mais alto. Virou seu rosto em direção de Park, com o olhar ainda provocativo. — Não é, ChanYeol?

            Deslizou a língua em seus lábios rosados, a região brilhava pela saliva depositada ali, enquanto o coração de Park acelerava conforme olhares curiosos estavam direcionados somente a ele.

          — Eu.. Eu.. Bom.. — A voz do maior saiu falha pelo nervosismo, conseguia sentir suas mãos embaixo da classe começarem a soar.

         — Você me disse há minutos atrás que melhoraria na matéria sem esforços, Uh? — Byun tinha sua expressão inocente, aguardando a resposta alheia. — Apenas com seu mérito próprio, responda então. 

       — Não vou melhorar em cinco minutos, BaekHyun. — Murmurou baixo olhando fixamente as orbes delicadas do loirinho. — Me desculpe se não tenho a mesma inteligência que você, mas ninguém é igual. Existe pessoas com mais dificuldades que outras.

            O mais baixo segurava o apoio da cadeira, fazendo suas unhas delicadas batucarem contra o plástico. Byunnie sentia os batimentos acelerados do moreno e suas grandes mãos transpirando frio por puro nervosismo, ou estaria com a imaginação fértil.

I hate you, but i love youOnde histórias criam vida. Descubra agora