capítulo 2 • caçadores e contratempos

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— Você vai como para casa, Jade? — Lydia pergunta num olhar preocupado. — Eu vou andando! — Dou de ombros.

— Posso te dar uma carona. — Derek sugere, com seriedade. — Se não se importar.

— Ah... — Minha reação boquiaberta tava impedindo que eu respondesse. — Tá... Tá bem. — Que idiota.

Lydia me olhou com um sorriso malicioso, até ela ficou feliz por essa... ação.

Então eu subi na moto de Derek. Nunca pensei que andaria de moto com ele, mas sei que é rapidinho e significa absolutamente nada.

Durante o percurso, estava esfriando e eu podia sentir o vento batendo sob o meu rosto. Meus cabelos arrepiam dentro do capacete  Ele acelera rapidamente no momento em que fez uma curva, fazendo com que eu automaticamente me segurasse em sua cintura.

Fiquei com um leve medo de cair já que, ele acelerou demais, então assim que desacelerou, eu tirei as pressas meus braços. Por sorte, ele não estava vendo minha cara, que pude sentir estar inteiramente corada de tanta vergonha.

Chegamos à minha casa, logo descemos da moto e, eu estava tentando não olhar para o rosto dele pra evitar constrangimento já que, fiz algo que não devia, eu acho. Não tenho intimidade com ele para me segurar nele, que patético.

— Obrigada! — Sorrio timidamente, devolvendo o capacete. — Não precisa agradecer. — Ele fez um olhar de surpresa. 

Estava um silêncio tão constrangedor, não conseguia nem manter um diálogo por tamanha e profunda vergonha alheia que estava de mim mesma. Eu sou tão patética, justamente com a pessoa que eu quero me aproximar eu... Travo.
Tento acabar com esse momento constrangedor e entrar pra minha casa de uma vez:

— Eu vou nessa... — Colo o meu olhar em meus pés num tom receoso. Vou indo devagar até a porta.

— Certo. — Ele arruma o seu capacete, se preparando para ir embora.

Eu não podia deixar ele ir sem ao menos dar um tchau descente, acho que seria chato deixar só por isso mesmo... Eu estava já abrindo a porta mas paro e tomo coragem e digo algo que estava morrendo de vergonha de dizer, mas sei que me sentiria melhor se soubesse que teria falado.

— Ah... — Me viro para encará-lo. — Cuida-se aí... No caminho... Enfim, isso tudo que já deve estar acostumado de ouvir. — Eu sou mesmo uma patética.

Ele murmura um sorriso ironico. — Isso o quê? Seu olhar de desdém pesava sob mim.

— Você é um lobisomem... — Eu analiso. — Na verdade, não deve ouvir muito isso... —
Gesticulei enquanto fazia umas caras e bocas involuntariamente.

Ainda com a chaves na mão, volto rapidamente para a porta para abrir e entrar em casa e não sair lá de dentro nunca mais.  Falei o óbvio para ele, deveria falar algo mais interessante mas quando estou perto dele, da minha boca só sai asneira.

— Jade... — Ele chama. Sua moto já estava ligada.

Eu parei de tentar abrir a porta com as mil chaves no meu chaveiro, que só me deixava ainda mais nervosa pois não tava prestando atenção em qual chave abria a porta e, olhei para ele com um olhar assustado mas surpreso e disse:

— O quê? — Fingo serenidade. — Cuide-se, também, loba. — Ele assentiu com a cabeça e um leve sorriso de lado, dando a entender que era um tchau.

Então ele partiu, esperei sua moto desaparecer da minha vista e esperei o som do motor diminuir aos poucos, só assim, quando estava um silêncio eu entrei pra dentro de casa rapidamente. Podemos dizer que, eu estava tendo um leve surto. Aproveitei que estava sozinha em casa e pulava de alegria, gritava e comemorava uma coisa incrível que aconteceu comigo.

Claro, foi um pequeno diálogo que aconteceu, ele me trouxe até em casa, mas foi apenas pela amizade; Foi pouca coisa que aconteceu, mas isso já significou muito pra mim, só me faz ainda mais ter vontade de conhecer a pessoa interessante que ele é, minha quedinha por ele só aumenta, ainda mais que ele foi super gentil comigo.
Mas preciso pôr na minha cabeça que, ele é apenas meu amigo, e só sendo isso já basta. Nunca vai querer nada comigo, sou 6 anos mais nova que ele e, faço parte da mesma alcatéia que ele, sinceramente eu não faço o tipo dele...

Eu tomei um longo banho e logo em seguida, fui me deitar já que estava podre de cansada por ter um dia longo e corrido. Atiro-me de bruço sob minha cama e pego no sono tão rápido que nem da tempo de imaginar o Derek sem camisa.Lydia tinha vindo aqui em casa, chegamos a marcar o dia que ela viria, mas, esquecemos de marcar a hora.

Stiles posou na casa dela, então quando chegaram logo Stiles soltou essa: — Tem mesmo certeza que quer ver ela?

— Eu tenho... Por que eu não teria?  — A voz da Lydia suava com desconfiança.

— É que, ela quando acorda fica muito assustadora, é sério... Parece um zumbi. — Stiles é mesmo um palhaço.

Lydia entrou no meu quarto e eu fingo estar recém acordando.

— Você tá legal? — Ela percebe meu desânimo. — Olha o meu estado! — Apontei para o meu rosto, borrar de maquiagem preta. Ela revira os olhos e da uma risadinha.

— Tá, mas me conta o que interessa! — Ela parecia empolgada. — Cmo foi a ida?

Eu conto pra ela detalhadamente o que aconteceu, até mesmo da parte constrangedora em que eu seguro sua cintura na moto...

— Ele disse pra você se cuidar... — Lydia comenta sorrindo. — Mas eu não posso me iludir por um simples "se cuida", isso todo mundo ouve. — Eu dou de ombros.

— Vou me contentar apenas com amizade, já basta pra eu ficar feliz. — Eu concluo.

Enquanto conversávamos, Stiles entrou no meu quarto sem ao menos bater, interrompendo a nossa linda conversa sobre Derek Hale.

— Gente, Gente!  — Stiles berra. Entrando às pressas no quarto. — O que é? — Grito, impaciente.

— Tá olha só, Scott me mandou uma foto de uma parede, pichada. — Stiles parecia preocupada. Ele mostra o celular para nós com uma foto.

— O quê significa? — Lydia analisa a foto.
— Uma mensagem... — Stiles murmura. — Que deixa bem claro que os caçadores estão voltando, Gerard e seus seguidores, e essa parede é a da escola. — Ele exala tensão.

Lydia e eu trocamos olhares preocupados. — Acho melhor reunirmos o pessoal. — Lydia sugere.

Nós três se olhamos com um olhar preocupado, seja lá o que era... Não era boa coisa. — Sim! — Stiles engole um seco. — Scott falou pra todos irem à escola agora.

— Vamos Jade, levanta e enfia uma roupa que a gente já vai. — Lydia vai saindo do quarto as pressas, Stiles á segue.

Por mais que era uma situação nada agradável, sei que por um lado era bom... Iria vê-lo de novo. Me arrumei e logo depois partimos para a escola, estava todos lá nos esperando: Scott, Malia, Derek, Isaac, Liam e nós, Lydia, Stiles e eu.

— Não sabemos ainda o que eles querem, ou o que essa mensagem significa, mas seria melhor pra todos nós dar um tempo de Beacon Hills. — O olhar preocupado de Scott me deixa aflita.

— Como? — Derek fica incrédulo. — Ficar um tempo longe daqui, já que os caçadores voltaram e acho que merecemos uma semana de folga do mundo sobrenatural. — Scott explica.

— E vem cá, onde vamos ficar? — Malia pergunta.
— Tenho uma casa do lago em Beverly Hills, não fica muito longe daqui... É grande o suficiente para todos nós! — Lydia sugere. Todos parecem gostar da ideia.

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