Divine Promise • kth + jjk

Bem-vindos a casa

Kim Taehyung

Incheon Beach Hotel, Yongyu-dong, Incheon, Coreia do Sul

Acordamos por volta das sete da manhã. Com tudo pronto para partir poderíamos ter acordado mais tarde, mas Jimin queria aproveitar as últimas horas em Incheon. Só iriamos começar a viagem de regresso quando fosse um quarto para as nove. Era um facto que podíamos utilizar nossas habilidade para nos deslocarmos com rapidez. Yoongi apoiava essa ideia, tudo na vida dele já era uma correria. No entanto, eu não tinha pressa em regressar a Seoul e Jimin dizia que a melhor parte é a viagem em si. Não que andar de autocarro* e de metropolitano* durante quase duas horas fosse algo bom que todos amamos experienciar.

Não. Na maioria só tem humanos apressados, suados e stressados com suas vidas. Não sei da onde Jimin tirou que era uma experiência boa, visto que ele mesmo só reclamou na viagem para cá. No meu caso, acho que concordei com Jimin apenas porque queria me sentir mais humano e porque queria aproveitar mais um tempo do lado deles. Já Jimin recusou porque ele não tinha confiança em andar no metropolitano do submundo, um metro conduzido por espíritos mortos realmente não inspira confiança a ninguém. Claro que Yoongi ameaçou voltar para Seoul sozinho no metro, mas nem eu nem Jimin cedemos e fingimos não nos importar. Foi o bastante para ele apenas resmungar e acabar por ir com a gente por meios normais.

Graças a Gaia porque se fossemos apenas os dois, certeza iriamos nos perder e só chegar a Seoul com uma troca de favores com Íris ou Hermes. Os mensageiros dos Deuses, com a magia de transporte rápido, chegaram a acordo com Hefesto - que além de ser deus do metal também era da tecnologia - para construir um táxi para deuses. O problema era que só era utilizado para emergências ou atrasos para coisas importantes. Voltar de viagem no último de férias não era nenhum desses dois, então pedir esse serviço nos custaria caro, talvez não a nível de dinheiro. Taeyeon, Íris, sendo a garota certinha que ela é nunca iria ceder a um capricho, no máximo ia apenas se disponibilizar para indicar o caminho para casa. Jisung, Hermes, por mais que fosse um doce de pessoa, iria se aproveitar para fazer uma das suas travessuras.

Tenho certeza que tínhamos mais que três soluções para isso, mas nenhuma delas valeria tanto o esforço. Se Yoongi não cedesse, nós iriamos com ele, mas ele não precisa saber disso.

Após comermos o pequeno-almoço* , fomos então dar um passeio à beira mar – depois de eu prometer que eu não iria molhar nenhum dos dois dessa vez e eles me prometerem que não iriam me atacar com bolas de areia – e ficamos lá por algum tempo apenas sentindo a brisa calma do mar. O dia estava bonito. O sol estava a brilhar bastante. Apolo deve estar feliz, o que era milagre nesses meses. Apesar do seu sorriso e da sua aura sempre brilhante, havia algo que atormentava a cabeça dele, ele só não dizia o que era. Ele era o tipo de pessoa que prefere tentar resolver as coisas sozinho primeiro e só depois pedir ajuda. Já estávamos todos à espera dele de braços abertos para ele quando nos quisesse contar, embora eu ache que um deus, ou melhor, uma deusa em específico tinha um dedo nisso.

Quando nos cansamos de andar pela beira da praia fomos de novo ao hotel buscar as nossas coisas. Mais resmungos da parte de Yoongi. Ele não lá muito fã de andar. Resumindo nossa viagem de regresso, depois que ficamos na paragem e apanhamos o autocarro para Wangsangyo, uma demora de cinco músicas. Quando saímos tivemos que andar por a demora de uma música até a Estação Terminal 2 do Aeroporto Internacional. Ao contrário do que eu achei que Yoongi fosse falar quando caiu a ficha que andaríamos de metropolitano por volta de quarenta e oito minutos, o que por músicas seria ouvir o álbum Wiped Out! dos The Neighbourhood e mais uma música, ele apenas concordou dizendo que ia dormir. Jimin olhou para mim com um sorriso triste. Realmente a morte nunca descansava, Yoongi era o que mais razões tinha para tirar férias. Paramos no Gimpo International Airport, andamos até Lotte Mall e de lá fomos de autocarro apesar de ao Gimpo International Airport International Terminal. O que poderia ser muito longe, mas foi só a demora de mais cinco músicas. Quando finalmente nos colocamos num autocarro para Seoul, com sorte o último que eu andaria hoje.