meu peito cospe malditos poemas na minha cara
me deixando nua
longe de máscaras que me escondiam a tanto tempo
coisas nascem
&
morrem
a cada segundo
pessoas vem
&
vão
como o balançar de um trem
rápido o bastante
pra não se conseguir enxergar as coisas do lado de fora
meu peito balança rápido o suficiente
pra sentir as coisas em movimento
mesmo eu estando parada
mesmo queimando coisas velhas & renascendo
meus braços pesam
segurando meu coração na mão
que cospe tudo o que tem nele
na minha cara
me lembrando a cada dia
que a vida é tão forte
quanto um soco na boca do estômago
[a vida é selvagem]
&
os dias vão & vem
assim como eu
me lembrando que a vida é efêmera
enquanto isso
o sol queima minha pele
e a cada poema queimado
sinto que eu também queimei
junto com cada palavra.
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Cinza azul neon
Poésietodas as coisas que sinto andam através de mim rápidas como um trem de carga explodindo e permanecendo