rápido demais para o fim

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quantos passos acima da minha cabeça deus já deu
quantas vezes nasci e morri
no silêncio de um céu nublado
quantas guerras travei
e quantas vezes fui derrotado e voltei outra vez?
indo e vindo
arrastando minhas correntes de lamentações
rasgando meu peito com cada palavra que eu escrevo
vivendo no olho do furacão

no meio da tempestade do meu peito
chove navalhas afiadas
queimando tudo acima da minha cabeça
e meus braços estão abertos
esperando tudo que possa me arrebatar com força
seja uma poesia
uma dança
ou mais um dia que eu tenha que acordar e me ver no espelho
com os olhos fundos de uma noite mal dormida e alguns garranchos raivoso

Cinza azul neonOnde histórias criam vida. Descubra agora