Pelos Cabelos de All Might! ❦ Boku no Hero One-Shots

6 - ❝ Universo ❞ (Tamaki & OC)

Nota da autora
Esta one foi escrita a pedido da @mari_nuness.

❦

- UMA FESTA DO pijama? Isso não é coisa de menininha?

O loiro praticamente gritou no meio do corredor, o que fez Tamaki se encolher. Nejire deu-lhe um tapa no ombro (não era alta o suficiente para dar na cabeça).

- Mirio, desde quando você é sexista? - a garota o repreendeu. - Não se ligue tanto a questões de gênero. Além do mais, estamos fazendo isso pelo Tamaki, assim ele vai poder se declarar para a Mari. Que orgulho! Meu bebê está crescendo, se tornando um homem!

- Por favor, falem baixo - pediu o garoto em questão, constrangido. O corredor principal da escola estava abarrotado pelo fluxo aleatório de alunos no intervalo, e ele temia que alguém escutasse.

Nejire reprimiu um comentário irônico. A paixão do garoto pela amiga não era segredo para ninguém. Qualquer um perceberia que ele nutria sentimentos por Mari, uma vez que, quando no mesmo cômodo, simplesmente não tirava os olhos dela.

Mas não diria isso a Tamaki. Ele já estava vermelho o suficiente. Mirio agarrou seu pescoço com o braço, puxando-o para bagunçar seu cabelo com força.

- Então, quer dizer que isso é só uma desculpa pra você xavecar minha prima? Eu vou querer ir, e vou ficar de olho - avisou, rindo, e Tamaki tossiu para se recuperar do aperto, um pouco assustado com a gíria xavecar.

- Minhas intenções são as melhores possíveis - ele murmurou, quase se desculpando.

- Eu sei, estou só brincando - Mirio o tranquilizou. - Qual é o programa? Uma maratona de séries da Netflix?

- Eu estava pensando em um filme de terror! A Mari morre de medo de assistir esses filmes, o que vai fazer ela se agarrar à pessoa mais próxima dela nas cenas de susto. - a garota estalou os dedo, os olhos azuis brilhando. - E é aí que você entra, Tamaki. Vai ser perfeito!

- O que vai ser perfeito?

Tamaki pulou de susto quando alguém agarrou seu pescoço, mas não com tanta força quanto Mirio. Levou apenas um segundo para reconhecer a voz e paralisar.

- Mari! - Nejire abraçou a amiga, que ainda pendurava-se ao pescoço de Tamaki. O garoto tremeu até a raiz dos cabelos azulados e olhava para o chão, evitando o rosto de Mari.

Será que ela ouviu a conversa? Ele pensava. Meu cabelo está uma bagunça por causa do Mirio... E ela está muito perto...

- A gente estava falando da festa do pijama de hoje à noite - continuou Nejire com a mesma alegria radiante de sempre, sem se deixar abalar pela surpresa. - Às oito, na minha casa. Vamos assistir uns filmes de terror. Topa?

- Não sei não... - a garota puxou um cacho do longo cabelo escuro, soltando Tamaki. Uma parte dele lamentou o feito, mas a outra agradeceu. Se ela continuasse o abraçando, poderia perceber o quanto ele ficava nervoso perto dela. - Filmes de terror me dão pesadelos...

Eu protejo você, Tamaki pensou. Só quando os três o encararam fixamente o garoto percebeu que havia externado o pensamento e se contraiu, apavorado.

- Que fofo! - explodiu Mari, apertando de leve as bochechas dele. Tamaki sentiu o sangue subir às bochechas. Era costume das brasileiras fazer coisas tão constrangedoras naturalmente? Mirio era metade brasileiro. Isso explicaria grande parte da personalidade dele.

Nejire olhava os dois como se quisesse casá-los ali mesmo. Mirio não parecia tão empolgado, com ciúmes da prima, mas no fundo sabia que não haveria partido de caráter melhor para a garota.