Capítulo 2

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Notas: Oooi, mais uma parte pra vocês! :) Espero que gostem desse capítulo. Comentários são sempre bem vindos. Boa leitura! 😻







JUGHEAD JONES

Os arranha-céus passam rápido enquanto o carro atravessa a avenida em direção ao Upper West Side. À medida que os altos prédios de Midtown dão lugar a casas e edifícios residenciais de tijolos, recupero meu autocontrole e meu foco.

Felizmente, não terei que me preocupar sobre o Projeto Resistência com Betty.

Betty é como uma irmã mais nova para mim. Desde que seu irmão faleceu, entrei no papel protetor que Charles preenchia tão bem. Nos últimos dois anos, sem o meu melhor amigo e parceiro de negócios, não foi fácil, mas estar lá para a Betty me deu algo para fazer, aliviando minha raiva e tristeza. Toda vez que fico chateado com o fato de que um motorista agarrado ao celular levou meu amigo para longe, penso em algo legal para a Betty. É um mecanismo de enfrentamento que funciona e é muito menos complicado do que um encontro sexual com a mulher do momento.

André estaciona em frente ao Ruby's Kitchen, onde Betty já está esperando na calçada e meu nível de estresse desce outro degrau.

Ela usa um vestido amarelo com saltos pretos e tem uma jaqueta pendurada no braço. Seu cabelo loiro enrola-se suavemente com a brisa da primavera, e seu nariz está enterrado no leitor de e-books, como de costume. A mulher é uma traça de livros sem remorso, obcecada por livros de horror que são tão assustadores quanto ela é doce.

"Oi, estranha." Murmuro carinhosamente enquanto eu saboreio a visão dela, uma das poucas pessoas no mundo que eu posso confiar para não tornar a minha vida desnecessariamente complicada.

Betty fecha a capa do leitor de e-books enquanto eu saio do carro.

"E ele finalmente aparece." Ela bate seu pé alegremente enquanto junto-me a ela na calçada.

Ela tira os cabelos claros de seus ombros, enquanto seu rosto se derrete naquele sorriso adorável e doce, algo que ela nunca perdeu. Essa é uma das muitas coisas que eu adoro sobre ela. Sua absoluta doçura.

"Sou conhecido por aparecer de vez em quando." Inclino-me para dar-lhe um beijo casto na bochecha, curtindo o aroma familiar de jasmim de seus cabelos.

"Estou assumindo que seu atraso significa que você teve uma noite excelente." Ela diz, levantando as sobrancelhas.

Essa é a coisa sobre garotas que o conhecem há mais de uma década. Elas estão bem cientes de suas deficiências, seus pontos fortes e suas fraquezas. "De jeito nenhum." Falo com um sorriso brincalhão. "Palavra de escoteiro! Eu fui um bom menino na noite passada. Eu só estou atrasado porque vi algo em uma vitrine que não consegui resistir." Seguro a sacola de presente na direção dela. "Para você."

"Oh, pare." Ela diz, batendo no meu peito. "Você está impossibilitando que eu fique brava com você."

Eu sorrio. "Você não estava com raiva de mim, de qualquer maneira. Eu dei-lhe uma desculpa para ler por mais dez minutos."

"Talvez você esteja certo. Talvez." Ela sorri quando ela alcança dentro da sacola com um olhar suave ao tocar no papel. "Oh, é lindo."

Rindo, eu digo: "É apenas papel de presente."

Ela olha para cima e fixamente para mim. "Não é apenas papel de presente. É um sinal de consideração. O último cara com quem eu tive um encontro, trouxe-me uma vela que sua mãe lhe deu há três natais atrás, disse que eu ficaria ótima à luz das velas, e sugeriu que pulássemos o filme e que ficássemos nus na casa dele."

The V Card | BugheadWhere stories live. Discover now