three

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Já com dois dias para ocorrer o evento do baile. Jeongguk não tinha nada para fazer, suas aulas de esgrima haviam sido dispensadas por causa do preparamento da ocasião e o mesmo não tinha mais nenhuma opção de lazer.

Ah não ser por suas telas e as aquarelas na paleta. Mas ele já passou horas e horas tentando fazer algo, entretanto a inspiração não vinha.

Até que ele se lembra de Taehyung, o garoto com quem falará no dia passado. O diálogo mais curto, porém confortável e um pouco aflito, que já teve.

Por que ele mentiu para ele? Por que ele disse que não era da realeza? Ele queria tanto a amizade de Taehyung assim? Com uma pessoa que ele conheceu em tão pouco tempo? Mas amizades não tem que ser verdadeiras e sensatas?

Jeongguk não sabia, ele só queria vê-lo de novo. Por incrível que pareça, ele gostou da companhia de Taehyung. A primeira pessoa que ele viu fora do palácio, a primeira pessoa com quem se sentiu estranhamente confortável.

Ele encarou confuso a tela em sua frente, da qual tentava fazer uma paisagem e que miseravelmente deu errado. Deixou aquela pintura inacabada de lado e recolocou uma tela nova.

Passou o pincel levemente pelo tecido do papel e deslizava com delicadeza. Tentava deixar os detalhes severamente bem feitos e dava os finais com sombras profissionais.

E no fim, colocando o devido acabamento. Ele finalizou sua obra e fitou o resultado com um sorriso um tanto largo na face.

Ele olhava calmamente as feições do rosto que desenhará, as bochechas e os lábios rosados, os olhos finos e castanhos, os cabelo negros com alguns tons castanhos. Jeongguk havia feito Taehyung, uma simples tela em branco, deu finalidade para uma pintura perfeitamente feita.

Jeongguk se orgulhara do que fez. O mesmo puxou a tela do suporte e encarou aquilo abobado. Ele iria ficar encarando sua obra por longos minutos, admirando-a e escolhendo um lugar para colocar em seu quarto, entretanto alguém abre a porta de seu aposento e adentra o cômodo.

— Querido? — chama sua mãe, Hyorin. Ela adentra o quarto calmamente e observa Jeongguk com um quadro na mão, parado. — Você que fez? Deixe-me ver.

Jeon entregou sua obra nas mãos da mãe e deixou a mesma observar. De primeira, ela encarou aquilo com certa compaixão e um pouco de aflição.

— Está lindo, filho! — exclamou ela, devolvendo o quadro.

— Obrigado — agradece ele ao pegar a tela e deixar dentro de uma gaveta qualquer.

— Quem é ele? — perguntou Hyorin curiosa.

— Um amigo — respondeu Jeongguk com um sorriso forçado. Abaixou a cabeça um pouco e levantou-a novamente. — O rei me proibiu de vê-lo novamente.

— Oh! — exclamou ela, encostando a mão no ombro de Jeon. — Sabe como seu pai é. Ele é conhecido por ser bem rígido mesmo e... — Hyorin respirou fundo e parou para pensar em algo. — Sabe que homossexuais não são aceitos aqui...

— Eu não sou gay! — Jeongguk retrucou raivoso.

— Não estou afirmando nada com total certeza, só estou falando algo que possa ser um problema futuramente — disse ela, mantendo a calma. — Seu pai deve ter achado que você poderia ter algo com ele e resolveu afasta-lo. Só isso.

— Mas mãe, eu só queria ter alguma amizade. Alguém que eu poderia conversar. — Jeongguk se sentou na cama e Hyorin ia logo em seguida. — Sinto a falta de JungHyung.

— Eu também sinto. — Hyorin notou o filho desconfortável e tentou acalma-lo. — Aliás, seu primo vem para o baile.

— Park Jimin?

— Exato — confirmou ela, mas logo retornou ao assunto de antes. — Mas sobre o que estávamos falando antes. Tente entender o lado de seu pai, querido!

— Ele não presta e a senhora sabe disso.

— Querido, ele trabalha bastante para cuidar de todos do reino...

— Ele não cuidou da familia do Taehyung quando ele mais precisava! — exclamou Jeongguk com um grito, ao se levantar da cama. Entretanto logo ele se acalmou e voltou-se a se sentar.

— Ah. Taehyung? Então é este o nome do garoto? — Jeongguk respirou fundo.

— Ele havia me dito que o pai dele morreu por conta das ações do rei. — Hyorin ouvia tudo atentamente. — Seu pai sofrera um acidente no caminho para cá e os únicos médicos que poderiam salva-lo, era os do palácio. Mas Hanguk não permitiu a entrada deles.

Hyorin ficou perplexa por um momento, lembrará de algo de antes e por um instante ficou trêmula. "Um Kim" pensou ela.

— A-Anh... — gaguejou ela.

— Você viu quando ele recusou serviços a ele? — perguntou Jeongguk, olhando Hyorin nos olhos.

— Filho... — A mesma ainda não tinha palavras para dizer a ele. Mas logo pensou em algo. — Sim, eu estava aqui quando isso aconteceu. Entretanto quem foi atender ao portão, fora seu pai e os guardas. Eu não tive oportunidade de ir. E você estava como sempre, em seu quarto.

— Eu queria ter ajudado

— Sim, você é uma pessoa boa. Eu sei disso. — Hyorin se levanta, tentou esquecer do diálogo que tivera e de seu filho ter mencionado um Kim. Em seguida ela encarou Jeon. — Tenho que ir, estamos fazendo os preparativos para o baile. Sabe como esses eventos custam para serem feito.

— Certo. — Logo ele se levanta também e abraça Hyorin. — Obrigado!

— Disponha, querido — responde ao finalizar tal ato. Ao sair, ela sorrir e dar a volta para finalmente atravessar a porta.

— Por que o rei odeia tanto os habitantes do vilarejo? — Jeongguk pensou alto.

Disposto a tentar saber de algo sobre isso, Jeon decidiu tentar ir ver Taehyung de novo. Com ou sem proibição.

Por estar com uma simples vestimenta. Uma calça comprida da cor preta e uma camiseta branca com um jaleco azul com detalhes dourados. A única coisa que ele poderia fazer, era ocultar da cintura para cima e Taehyung nunca desconfiaria de que ele é da realeza. E ele poderia usar a capa do jardineiro novamente.

Abriu a porta e foi. Tentou passar depressa pelas pessoas, entretanto havia muita gente ali e era difícil ultrapassar despercebido.

— Senhor, Jeon! — chamou uma senhora que ele não conhecia. — Qual cor prefere, azul ou vermelho?

— Azul, dona — respondeu ele, deu uma olhada ao redor e avistou sua mãe de longe, conversando com um homem que deveria ser o preparador principal. — Eu realmente preciso ir, minha mãe cuida de tudo.

E saiu, deixando a senhora confusa. Ela olhou o príncipe passar pela porta e deu de ombros indo até a rainha.

Quando finalmente chegou ao jardim, Jeon só precisaria agarrar a capa preta e ir para o vilarejo novamente. Mas voltar em pouco tempo, para ninguém notar sua ausência.

De longe, ele avistou a capa ainda no mesmo lugar que ele havia deixado. Correu e a agarrou, indo em seguida até o portão.

Entretanto havia alguém ali que antes não estava.

— Ôh, ôh. Paradinho aí! — exclamou o guarda, levantando a mão e interrompendo a saída de Jeongguk.

— Y-Yoongi Hyung? — perguntou Jeongguk, assustado.

proibido; kth + jjkOnde histórias criam vida. Descubra agora