CAP 1 Amores indomados

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Verão de 1795

A brisa da noite era quente e úmida vindas do mar. As estrelas estavam cintilando no céu num veludo de um azul profundo. O farfalhar das palmeiras faziam as folhas bailarem ritmado, enquanto dois homens caminhavam calmamente em direção de uma taberna.

A conversa transcorria tranquila, as pessoas passavam pela dupla de cavalheiros sem muita pressa, pois, o clima estava muito agradável para um passeio refrescante, a brisa morna atingia os rostos dos homens e o cheiro de maresia invadia todo o ambiente.

Enquanto isso um garoto sem se aperceberem os acompanhava, ele ouvia a palestra dos mais velhos e prestava a atenção a todos os movimentos, precisava falar com eles, antes de entrarem no estabelecimento. Assim se precipitou na frente dos homens e os surpreendeu.

— O senhor é Han Solo? — Os senhores deram um passo atrás em um susto.

— Sou eu. Porque quer saber, garoto? — Falou um tanto irritado.

— Sou seu filho! — Jogou as palavras cruamente.

— Que brincadeira é essa? Eu não sou seu pai, moleque!

— Han, deixe o rapazinho se explicar. — Godfrey Chewbacca tentava apaziguar os ânimos. Ele era um estrangeiro vindo da Noruega, de estatura alto cabelos ruivos, advogado eloquente e perspicaz, amigo de Solo, além de ser seu conselheiro. — Fale, garoto diga logo tudo de uma vez. — Falou manso.

— Sou filho de Q'ira, a cigana que mora na vila dos pescadores. Ela me contou que o seu pai a contratou há tempos atrás para trabalhar na colheita em suas terras. Ao ouvir aquele nome, seu corpo todo estremeceu, há muito tempo não ouvira falar naquela moça, que ele amou um dia e, como um passe de mágica ela havia se evaporado, ainda a procurou, mas sem nenhum sucesso. Agora olhava para um garoto com cerca da mesma idade de seu sumiço. Assim mais tranquilo inquiriu.

— Garoto, como se chama? Onde está a sua mãe?

O rapazote arredio, hesitou em responder, parecia um animalzinho encurralado. Tinha muito rancor em seus olhos, então Chewbacca interferiu bondosamente.

— Tudo bem meu jovem, não fique assustado, responda só se sentir vontade. — Solo girou os olhos ao ouvir o amigo.

— Eu não tenho MEDO de nada! — Olhava com fúria para os mais velhos. — Meu nome é Kylo Ren, e sou perverso! Todos na vila têm medo de mim. — Mantinha o rosto erguido. — Minha mãe dizia que não, mas sei o que sou. Em seu leito de morte, me fez jurar encontrar o senhor, mas quero que saiba que não preciso de você e nem de ninguém para nada!

A notícia pegou o homem totalmente desprevenido, foi como um grande soco na boca do estômago, ouvir tudo aquilo de modo tão brusco. Antes que ele pudesse falar qualquer coisa para o garoto e procurar saber onde morava, o menino havia sumido na escuridão. Olhou para o seu leal amigo de modo atônito.

— O garoto não pode ser meu filho.

— Mas você deve admitir, ele é a sua semelhança.

— Chewie! Não comece com as suas bobagens.

— Mas você deve concordar. — Sorria bondosamente para o homem. Ao entrarem na taberna que estava com alguns cavalheiros bebendo e conversando relaxadamente, seguiram por algumas mesas até se sentaram numa mesa recostada na parede, pediram ao taberneiro trazer cerveja para eles. Enquanto esperavam a bebida.

— Pois, bem! Então. Já que julga que o rapaz é meu filho investigue para sanar de vez a dúvida, sobre onde ele mora, e se a mãe dele é quem ele diz ser. — O advogado anuiu e, nesse momento chegaram os canecos cheios de um líquido espumante. Os dois recostados a mesa conversara mais um pouco a respeito dos assuntos da fazenda, e o quanto Godfrey estava desconfiado do capataz, e pediu para o amigo ser cauteloso em relação ao sujeito. Todavia Han como sempre pensou que seu amigo estava exagerando, e que devia relaxar mais. Assim tomaram mais algumas cervejas e se despediram, e cada um foi para a sua casa.

Corações Indomáveis (Reylo)Onde histórias criam vida. Descubra agora