CAP 25 Um Presente Surpreendente

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O único som que era possível ser ouvido parecia de gotas caindo copiosamente na pia. Seus olhos percorriam o lugar com muita curiosidade, estava tudo limpo e organizado seu coração batia com um compasso pesado, tentava segurar sua tremura por esfregar uma mão na outra. Estava em pé na porta da cozinha, esperava a dona da casa com muita ansiedade. Uma garota o atendeu com um sorriso alegre, tinha os cabelos castanhos com tranças e com olhos alegres de um verde profundo. Pediu para ele esperar que a senhora já o receberia.

Respirou fundo ao pensar nos pedidos que o delegado lhe fez. Não se sentia bem em fazer aquilo, mas não podia se negar, sua avó junto com o seu irmão sofreriam as consequências de sua recusa. A isso uma jovem muito bonita com roupas finas entrou no cômodo com uma expressão afável, parecia flutuar como num sonho ao mirar a esposa de Kylo Ren. Meneou a cabeça para se concentrar no que precisa falar, principalmente ouvir o que ela tinha a dizer.

— Você deve ser Joaquim. — Sua voz era suave. Ele apenas balançou a cabeça em confirmação seus olhos estavam arregalados. — Já conheceu a Bea? — Novamente não conseguiu responder à patroa, estava enfeitiçado por ela, sua beleza era luminescente. Ela sorriu. — Sabe ler? Escrever?

Joaquim piscou algumas vezes como se estivesse acordando. Então tentou responder alguma das questões. — Er... Sim... Sim...

— Ei! Responde direito a sua nova senhora. Parece maluco! — A garota estava impaciente com a lerdeza do rapaz.

— Está tudo bem, Bea. — Olhou com paciência para a menina, depois fitou o outro. — Ele deve estar acanhado. Não precisa ficar amedrontado aqui todos seremos uma grande família.

— Sim, meu nome é Joaquim. — Endireitou a postura. — Sei ler e escrever, senhora. — Tentou esboçar um rosto animado.

— Ótimo, você será muito útil. — Apontou para o espaço e para a menina. — Serão meus ajudantes aqui. Quando precisar de coisas na rua ou na feira, mandarei você para os serviços, Bea me auxiliará na cozinha. Quando precisarmos de um trabalho mais pesado, você vai ser o nosso apoio. — Sorriu.

— As roupas dos patrões, lençóis de cama e outras peças, quem vai cuidar? — O menino queria saber.

— Que garoto insolente, respeite a sua senhora. — Bea estava incomodada com a intromissão do outro.

— Está tudo bem. — Falou brandamente. — A pergunta é pertinente. — Se sentou junto ao balcão. — As roupas serão cuidadas por umas senhoras que cuidavam das coisas de Kylo quando era solteiro, não quis mudar para que elas não perdessem o trabalho e o salário.

— A senhora é muito generosa. — A garota estava admirada. — Vai ser muito bom trabalhar com o senhor Ren e a senhora. — Fez uma mesura.

— Estou agradecido por me dar esta oportunidade. — Repetindo o gesto da colega.

— Vou falar o que espero dos dois. Tudo é muito simples em cumprir. — Com isso Rey explicou os afazeres que cada um deveria cumprir, ouviam tudo com muita atenção os detalhes das atividades dentro da casa. A dupla percebeu que a jovem não era mesquinha e muito menos os exploraria, como era costume dos seus pares. Sentiram aliviados em estar em um lugar tão acolhedor. A patroa se levantou com suavidade, encarou aos seus subordinados.

— Qualquer dúvida, não hesitem em me perguntar, não brigarei com vocês, certo? — Bea e Joaquim concordaram, então ela os dispensou, mas antes os lembrou. — Ren me levará numa pequena viagem, quero que organizem tudo na minha ausência. — Então desapareceu.

Bea olhou para o menino, bufando bateu palmas bem rente ao seu rosto o fazendo levar um susto.

— Vamos acorde! A patroa já saiu. — Deu um chute na canela do rapaz. — Vai buscar água no poço para poder preparar o almoço da patroa. Faça um favor, pare de babar quando estiver na presença da senhora desta casa. — Girou os olhos ao falar. — O patrão não vai querer uma coisa dessa aqui. Sugiro que se controle, ou irá perder o emprego.

Corações Indomáveis (Reylo)Onde histórias criam vida. Descubra agora