Eram duas e trinta e sete da tarde quando Jeongguk saiu de casa as pressas.
Sua casa era um pouco longe do parque, por conta disso decidiu ir mais cedo.
Não queria deixar V esperando.
Chegando lá Jeongguk foi direto para o lugar onde as garças ficavam.
Lá encontrou um garoto de madeixas castanhas, estava de costas, usava uma camiseta branca e uma calça com suspensórios.
– Você é o V? - Jeongguk pergunta diretamente.
– C-Céus! Que susto! Você chegou...
– Você não respondeu minha pergunta...
– Oh sim! Sim, sim eu sou o V.
Jeongguk estava um incrédulo, como um garoto tão bonito como ele gostava de alguém como Jeongguk?
– Suas cartas... elas e-eram... lindas.
– Bem... Victor Hugo e Shakespeare me encorajam... mas não é sobre cartas que eu quero falar com você.
– Uh?
– E-Eu... bem, eu demorei bastante pra criar coragem e fazer isso pessoalmente, aliás, eu deixei de escrever as cartas porque estava criando coragem para... para me declarar. Jeongguk, você provavelmente nunca nem me viu no colégio, mas desde o primeiro dia em que eu vi você, digo com tranquilidade que me apaixonei de primeira, você é tão belo e incrível, você me cativou, entende? E eu achei que poderia me declarar através de cartas, mas achei que não foi o suficiente, então por isso estou aqui na sua frente, confessando o que eu sinto, resumindo... Jeongguk, eu amo você!
Jeongguk nunca achou que receberia uma confissão tão bela quanto essa, nunca achou que alguém o amaria tanto e nunca achou que sentiria o mesmo.
Estava mais do que óbvio que Jeongguk também amava V, como V o ama.
Jeongguk se cativou à V desde a primeira carta que recebera, e a prova disso foi a falta que sentiu quando V deixou de enviar suas cartas.
Jeongguk estava apaixonado pelo garoto das cartas.
Assim como o garoto das cartas estava apaixonado por Jeongguk.