𝙇𝙄𝙆𝙀 𝙏𝙃𝙀 𝙁𝙄𝙍𝙎𝙏 𝙏𝙄𝙈𝙀 | ʲᵃˢᵖᵉʳ ʰᵃˡᵉ | ✔︎

- Ten

09. Capítulo 9

Meses se passaram e cada vez mais estava próxima de Jasper e sua família, mas ultimamente o sinto distante de mim, como se não quisesse mais minha presença perto.

Suspiro quando tento pegar a mão de Jasper e ele se esquiva de mim parecendo que eu estou doente, o que mais me machuca. O encaro e ele continua com seu olhar para frente e eu desejo que eu volte para o momento em que éramos mais próximos do que estamos agora.

— Jasper — chamo sua atenção para mim e ele apenas resmunga.

Cansada disso, porque já faz mais de 2 meses que ele está me tratando desse jeito sem me dar nenhuma explicação, me levanto do sofá de sua casa e saio porta afora ignorando seu chamado.

Monto em minha moto e acelero em direção a minha casa, tendo um vislumbre do reflexo de Jasper pelo retrovisor. Assim que chego em casa, vou para meu quarto me trancando lá dentro e deixando que as lágrimas finalmente aparecessem.

Eu simplesmente não entendo o porque dele me tratar desse jeito, e ele ainda não me dá nenhuma explicação, nem o resto de sua família me explica nada, até mesmo Bella não sabe o que está acontecendo, pelo visto estão deixando ela de fora como estão fazendo comigo.

Me sento na pequena cama que fica em frente a janela de meu quarto e encosto a cabeça lá, deixando as lágrimas fluírem livremente e assim como minhas lágrimas fluem, começa uma pequena chuva na cidade de Forks.

Eu simplesmente não aguento toda a indiferença com que ele me trata, e penso que meu eu do passado olharia para mim agora falando o quão patética eu estou sendo por chorar pelo Jasper.

Mas para meu eu do passado eu responderia que eu amo ele, de fato eu amo Jasper como nunca amei ninguém nessa vida. Com isso, choro mais e a chuva se intensifica na cidade, chegando a trovejar e, quando olho para mim, meus olhos estão brilhando em um azul tão profundo e uma de minhas mãos está com um leve azul bilhando.

— Angel? — escuto a voz de meu pai e seco minhas lágrimas.

— Pode entrar — sussurro.

Assim que ele entra e vê meu estado, ele se apressa em vim para meu lado para me dar um abraço e eu acabo me encostando nele.

— Eu sei o que você é filha — ele fala depois de um tempo e eu olho para ele — Sobre os poderes.

— O que? — dou uma risada nervosa enquanto falo.

— Antes de partir, sua mãe me explicou sobre tudo — ele esclarece e me olha sorrindo — A chuva também, foi só você chegar em casa e eu ver o seu estado que começa a chover.

— Me desculpa, eu ainda não controlo muito bem — explico.

— Só se consegue fazer isso se a emoção for muito forte — ele me olha de forma interrogativa.