Me vi grávida com apenas 18 anos, mas o pior que o "pai" da minha filha não sabe, não por que eu quis esconder, Mas sim porque ele não me deu a oportunidade de eu falar. Eu conseguir crescer na vida, sou cria de favela, mas estudei e trabalho para e...
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Todos as vezes que Luísa tem uma crise de pânico, tenho lembranças daquele dia, pode ter passado algum tempo, mas as lembranças nunca irá sair da minha cabeça, e provavelmente da minha princesa Valente tambem.
Lembranças
Eu acordo em um lugar desconhecido. Nãolembro como vim parar aqui, só lembro de sintir uma dor na minha cabeça e logover tudo preto.
Levanto e sinto uma fisgada a minha cabeça, coloco a mão e vejo que está sangrando
Meu corpo fica em alerta quando ouço passos se aproximando.
- olha parece que a rainha das favelas do negão acordou- tento recomeçar a voz, mas não é familiar.
- Quem é você- pergunto forçando uma voz assustada, preciso pagar de garota assustada.
- Vamos dizer que um antigoamigo do seu pai e do seu tio- diz e liga a luz.
Eu olho atentamente paraele, em busca de achar familiar, mas não encontro.
- Eunão conheço você- digo e ele balança a cabeçaconcordando
- Seu pai sempre quisdeixar você fora dos negócios, quis te dar uma vida mais "tranquila"- diz sarcástico.
Eu ouço uma vozmuito familiar
- Mamãe ... mamãe - ouço gritos, da minha princesa.
- O quevocês fizeram como a minha filha?-pergunto sentindo o ódio me consumindo
- Parece que ela acordou- diz e caminha até a mim-Agora nossa brincadeira pode começar- diz e levanta puxando os meuscabelos.
Ele mearrastaatéumquarto ao lado do que euestava. Vejominha bebezinha amarrada em uma cadeira
- Mamãe o quê está acontecendo?- Lívia me pergunta assustada
- Você precisa ficar calmameu amor- digo e ela me olha comos olhos cheios de lágrimas.
- Nós vamos brincar com sua mamãe- diz o nojento.
Ele me senta em uma cadeira e amarra meus pulsos nela, sinto um tapa forte no meu rosto. Já faz um tempo que recebendo chutes, tapas, socos, cuspidas e xingamdntos, mas o que realmente está acabando comigo é ver minha princesa chorando, vê queelaestáem total desespero, vêquesou incapaz de proteger minha própria filha.
Cada segundo que apanho, mais percebo que não conseguirei aguentar por muito tempo.
Estoume sentindo muito fraca, nãosópornão aguentar mais apanhar, mas sim por não ser forte o suficiente para conseguir sair daqui, masestoufilizpor ser eu a está apanhando, eu iria preferirmorrerdo que ver minha filha apanhando, eu prefiro sofrer tudo isso do que vê a pessoa que eu mais amo na minha vidasofrer 1 terço do queestou passando, eu prefiro qualquer coisa, menosverminha filha machucada.
Ouço barulho de tiros, e logo em seguida a voz do meu pai, mas não sei se é coisa da minhacabeça. Meus olhos estão ficando pensados, mas antesde apagar completamente sinto duas mãozinhas pequenas no meu rosto
- Mamãe- ouço a voz do meu pequeno anjo
- Eu te amo Lívia, e vou te amar até o último segundo em que eu viver, e se existir uma vidaapós essa, te amarei nela também- digo e vejo o meu pai- Cuida dela, só cuido dela- digo e tudo fica escuro.
Lembranças off
Saio dos meus pensamentos quando ouço que tem alguém me chamando.