o despertar de um vampiro sede de vingança (Parte 1)

O DESPERTAR DE CÉSAR

Na majestosa Mansão Goulart, os membros do clã de César, antigos e novos, se reuniram para discutir o despertar do lendário vampiro. Herton, com um copo de uísque, parecia ansioso com o plano. Micael, rodeado por bruxas e lobisomens, serviu-se de sangue. Ana, também com seu cálice, aguardava a chegada de Nicolas Kannenberg, quando ele finalmente apareceu, a reunião teve início. 

— Bom, obrigado a todos que estão aqui presente nesse grande e glorioso dia, finalmente vamos conseguir despertar César sem falhas! — diz Micael confiante

— E graças a todos nós vamos conseguir trazer César de volta e parar as Garcez com as suas influências e maldades! — diz Herton.

— O plano é, os irmãos Goulart vão prender as Garcez no inferno, quando elas estão presas vai ser o tempo suficiente pra despertar César! — diz Eloá

—  Mas elas iam conseguir escapar, elas já viveram lá e sabe como escapar! — diz Iscar.

—  Eu sei, mas elas vão sim escapar, mas vai demorar por causa do efeito de magia que colocarei na chave na hora que os Goulart fecharem, tempo suficiente de despertar César, elas vão ter dificuldade de escapar por determinado tempo!

—  Ótimo, eu sinto que dessa vez vai da certo! — diz Nicolas

—  Não haverá falhas! — diz Herton

—  Enquanto isso que elas estão presas, e os Goulart vão passear no inferno, nos bruxas e feiticeiras se preparam pra quando for a hora a gente enfrentar o que tem que enfrentar!

—  Ótimo, seja o que o destino nos reserva, e o que os deuses africanos nos guarde! — diz Oito.               

Mansão Garcez.

Enquanto Maria contemplava a rua pela janela, o uísque gelado em suas mãos trazia lembranças do passado, ela recordava vividamente o dia em que César Goulart adormeceu, um momento que mudaria o curso da história. A atmosfera no quarto era densa, carregada de memórias e segredos.  

CIDADE DE BROCHIER 1768,

A cidade de Brochier, estava mergulhada em trevas, a lua cheia pairava no céu como um olho sinistro, lançando sombras distorcidas pelas ruas estreitas. O frio cortante penetrava na pele, mas havia algo mais gelado e insidioso no ar. Maria e Bete, duas mulheres marcadas pelo medo, se encontravam em um casebre decrépito nos arredores da cidade. Suas mãos trêmulas seguravam velas que tremeluziam, revelando rostos pálidos e olhos arregalados. César, o homem que elas perseguiam desde quando ele era uma criança, havia encontrado o livro da vida em Airão. Um artefato antigo, repleto de segredos e poderes inimagináveis. 

— Vamos logo, eu exijo que vocês venham comigo me ajudar a prender esse maldito! — diz Maria com os Dornelles.

O cenário é sombrio e carregado de magia. Maria e Bete, com seus feitiços entrelaçados, enfrentam dificuldades para localizar o livro da vida em Airão. César Goulart, por sua vez, já está no casarão antigo, uma construção imponente que esconde segredos ancestrais. Por fora, o casarão parece abandonado, mas por dentro, seus corredores se estendem como veias de um ser vivo. O livro da vida repousa no último porão, um lugar de sombras e mistério. Os antigos magos e os mamba negra, povos vindos da África, deixaram sua marca na construção. César, acompanhado por seu clã que é um exército, avança com determinação, sua magia de proteção o envolve, mas o livro exerce uma atração irresistível. Na sala onde o livro repousa, uma caixa de vidro protege seu poder. A mesa de cristal sustenta o artefato, e César se prepara para destruí-lo no caldeirão de fogos de magia criado por Eloá e Lessa, as irmãs Garcez, entretanto, surgem como sentinelas do destino, seus olhos brilham com conhecimento ancestral, e elas interrompem o gesto de César. O que as irmãs têm a dizer? O livro da vida guarda segredos que podem mudar o curso da história, e o confronto entre luz e sombra está prestes a se desenrolar.