Meu Querido Doutor

cap. 14

Arthur...

Definitivamente, hoje foi um dia cansativo, várias cirurgias, parece que o dia não passava, queria ir tanto para casa, descansar, e ver minha Sol.

Ligo meu celular, pois ele passou o dia desligado, e droga, tem várias ligações da Carla, justo hoje que não estava com o meu celular ela decide aparecer, preciso falar logo com ela, e terminar esse noivado.

Retorno a ligação, porém não completa.

- Que inferno.
Esbravejo.
- Isso só pode ser brincadeira. Sim, hoje eu conto para Sol que ainda sou noivo, mas que irei resolver essa situação e que eu quero ficar com ela, chega de bancar o covarde, porém quando penso que ela pode não me perdoar. Aí Arthur, era só o que faltava, você falando sozinho.

Fecho a minha maleta e pego meu celular no exato momento em que vejo o nome de Felipe aparecendo no centro da tela.

- E aí Felipe.

- Arthur, você ainda está no hospital ?

- Sim, porque ? Aconteceu alguma coisa ? É a Vovó?

- Não é a Vovó, é a sua Sol cara.

- Que ? O que houve?
Sinto a bile subindo em minha garganta.

- Não saia daí, pedi transferência para i e estamos indo, prepare tudo, a Sol foi atropelada.

- Como isso...

- Ela precisa de sangue Arthur, O- tem aí?

- Sim! O meu.

- O seu ?

- É Felipe, vou desligar agora, prepararei tudo enquanto vocês chegam.

- Ok.

Desligo a ligação e saio correndo pedindo para organizarem tudo, que está vindo uma paciente, para a sala de transfusão, e uma sala de cirurgia se for necessário.

- Caio, venha, preciso que você  prepare uma bolsa com meu sangue, rápido.
Digo para um dos médicos do hospital.

Fomos para sala em que iram tirar o meu sangue. E a única coisa em que penso é na Sol, como isso foi acontecer ? Como ela foi atropelada meu Deus?

- Assim que a paciente Solange Albuquerque der entrada, quero ser informado.
Digo a Caio assim que ele sai da sala.

- Ok senhor.

Após alguns minutos, Caio volta avisando que Solange ja chegou,  com a bolsa cheia, ele tirar de mim o acesso e me levanto, porém sinto tudo girar e me apoio na maca.

- Calma doutor, e senhor precisa descansar um pouco, acredito que saiba, já que tirou uma bolsa de sangue.

- Está tudo bem Caio, preciso ver a paciente.

Sigo para a recepção.

- Arthur.

- Felipe? E a Sol?

- Ela já está lá dentro, falaram que já iam preparar tudo para ela receber seu sangue, muito obrigada Arthur.
Diz uma mulher que eu não sei quem é.