Jennie com certeza não queria estar ali no meio de jovens tão alcoolizados, só queria voltar para sua casa pequena e se esconder no meio de suas cobertas quentinhas na companhia de seu café preto.
Mas é claro que ela teve que aceitar o convite já que Jissoo implorou de joelhos - e com direito a lágrimas nos cantos dos olhos - para que a melhor amiga fizesse o mínimo de esforço para curtir o domingo ao seu lado. Ela sabia exatamente como chantagear alguém.
A cerveja em suas mãos já estava quente apesar do frio que fazia em Seul e a bunda já doía no banco desconfortável, mas Jissoo não parecia incomodada, conversava animadamente com seus colegas da faculdade ao que bebericava numa garrafa transparente de bebida destilada. Oh céus! Será que alguma criatura suprema poderia atender seus pedidos de tira-la dali imediatamente?
Não entendam mal, a jovem de 22 anos amava sair e festejar com sua melhor amiga, desde que esse lugar não fosse no bar em frente a faculdade aonde todos os rostos conhecidos estariam por lá. Jennie sempre fora uma pessoa mais reservada e nunca gostou muito de socializar, principalmente com o pessoal de economia. Não que ela fosse tímida e tal, mas começar uma conversa com alguém desconhecido lhe dava certa preguiça. Entendem? Essa coisa de "Olá, tudo bem? ", definitivamente não fazia parte de seu feitio, isso soa quase como uma entrevista de emprego na cabeça dela. Repito: na cabeça dela.
– Olá, tudo bem? – Merda, não é possível!
– O que quer? – Será que estava sendo educada? Não importa.
– Nada, quer dizer, eu queria pegar mais uma bebida, se puder me dar licença, eu agradeceria.
Droga, além da bunda dolorida, estava sentada exatamente no lugar aonde eram servidas as bebidas. Essa droga de bar não tem espaço? O que ela estava fazendo ali, afinal? Sem muita paciência, apenas se levantou contragosto e deu o espaço necessário.
– A cadeira, pode tirar? Tem uma fila de pessoas atrás de mim, se continuar aqui, terá que se levantar toda hora.
Alguém nesse mundo poderia doar uma pequena dose de paciência para Jennie? Quer dizer, seus braços magros agarraram o metal da cadeira desconfortável enquanto seus olhos rolavam num círculo perfeito de 360° graus, paciência deve ser mesmo uma virtude. Até porque a garota desconhecida não parecia irritada ou desconfortável com a atitude da outra, a maconha nos seus pulmões fez um bom trabalho em fazer com que a garota estivesse completamente chapada ao ponto de rir da grosseria de Jennie. Maconha e paciência são sinônimos?
– Meu nome é Lalisa Manoban, não precisa dizer o seu, eu já sei. – Estendeu a mão num cumprimento esperando que a outra apertasse sua mão, o que não aconteceu.
– Entendi. – Ela riu de novo, riu por um minuto completo, algo – maconha - fazia a situação ser tão engraçada na sua cabeça que seus olhos acumularam lágrimas que foram imediatamente secas pelas próprias mãos.
– Eu já dei o espaço que você pediu, não sei se percebeu. – Língua afiada como uma faca que acabou de ser fabricada.
– Eu percebi, bobinha. – Seu dedo tocou o nariz pequeno de Jennie num gesto um tanto quanto íntimo. – Eu nem me lembro mais qual bebida eu vim pegar, se quer saber, sua simpatia me fez perder a memória. – A oportunidade de alfinetar não lhe faltou, a maconha não lhe tirou o direito disso, afinal. E esse foi só mais um motivo para que Jennie rolasse seus olhos escuros num sinal de tédio. – Você faz isso com frequência?
– Como?
– Isso. – E com um sorriso pequeno em seus lábios, Lalisa imitou o gesto com os olhos que Jennie fez incansáveis vezes.
– É a primeira vez, você me causa essa vontade de fazer isso toda hora.
– Oh, sério? Tipo, suponho que você também faria isso para mim na minha cama? Certo? – Nossa.
– Talvez, deve ser tedioso ir para cama contigo, eu suponho. – Nossa.
– Você é chata. – Como?
– Como? – Impressionante, discutir com Lalisa é uma caixinha de surpresas. Não sei como responder isso, você sabe?
– Não me lembro de gaguejar, o efeito da maconha já está passando e você é chata para um caralho, eu sei que você entendeu muito bem. – Lalisa estava ficando realmente brava.
– Por que você simplesmente não pega logo sua bebida e esquece que eu existo? Quer dizer, eu já te dei espaço, tirei minha cadeira, não tem mais nada que eu possa fazer para você sumir? Mas que porra! – Quando é que essa briga começou a ficar realmente séria?
– Jennie? Está tudo bem? – Jissoo interviu quando percebeu que algo estava errado entre a duas, no começo achava até que sua amiga estava finalmente socializando, mas quando percebeu seu cenho franzido e sua voz se elevando, percebeu que as duas poderiam sair no soco a qualquer momento, e, cá entre nós, Jissoo não estava afim de ter que apartar uma briga.
– Não está. Essa menina chata e mal-educada es...
– Como? – Jissoo nunca presenciou alguém chamando sua melhor amiga de chata. Já disse que Lalisa é uma caixinha de surpresas?
– Você entendeu, eu não gaguejei, já disse que o efeito da maconha está passando, aliás, o que eu estou fazendo aqui perdendo meu tempo discutindo com essa chata? – Que tipo de briga é essa? Oh céus.
– Jennie, acho melhor eu te levar para casa. –Nossa, como é que ela percebeu?
***
Olá qualquer ser que esteja lendo meu bebezinho mais conhecido como Dawn, espero que tenha gostado do primeiro capítulo.
Escrevi esse capítulo em um surto de tédio e inspiração e faz um tempinho - tempão - que eu não escrevo mas não importa agora.
Quero muito saber se gostaram. Por favor, comentem e votem muito. É muito importante para mim, de verdade.
Para quem estiver curioso, escrevi esse capítulo ouvindo Gonden do Harry Styles, aliás, que álbum perfeito, sério.
Decidi que cada capítulo eu vou contar algo sobre mim, não vou expor quem eu realmente sou por motivos de: vergonha. Mas, para compensar, eu vou dizer coisas sobre mim que eu quero contar porque sim kk ninguém perguntou mas foda-se.
Meu nome é Maria e meu user não é um partido político. Na verdade, são as iniciais do meus nome (que não vou expor).
Ok, já falei/escrevi demais. Beijos na bunda.
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Dawn - Jenlisa.
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