Leo Picon

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Eu estava retornando de volta para casa, esses anos na Europa me fizeram bem, simplesmente me fez mudar para melhor, portanto não foi cem por cento, ainda tinha dúvidas de como seria me reencontrar o Leo.
Bem, minha infância inteira eu passei ao lado de Leo e Jade Picon, minha mãe trabalhava na casa deles e acaba que não tinha onde me deixar, por isso acabava me levando para o trabalho, mas com o decorrer dos anos me tornei próxima dos meninos, eu havia visto minha mãe algumas vezes nos fins de anos, mas nunca os meninos.

Passei pelo grande portão, eu apenas queria ver minha mãe e matar a saudade, iria passar um ótimo tempo com ela. Entrei na enorme mansão, fui bem discreta para o quartinho onde ficava eu e minha mãe, deixei minhas coisas lá e sai pela casa a procura dela, a avistei na sala com os seus pais em sua frente.

— Mãe? — no instante que a chamei ela se virou para mim e me abraçou, seu abraço era apertado eu apenas retribui.

— S/n! — disse seus patrões vindo até nós, minha mãe me soltou e eles me abraçaram.

— Como estão? — disse saindo do abraços deles, nesse momento a expressão dos três ficaram preocupada.

— O Leo, ele está em um péssimo estado, os nossos médicos estão todos aproveitando seu descanso — disse senhora Picon em um tom preocupado, apenas senti o olhar orgulhoso da minha mãe em mim, sabia exatamente que ela queria que eu me colocasse para ver o que o filho deles tinha e eu iria, até por que fazia questão de mostrar a eles que o apoio que me deram valeu total a pena.

— Eu posso ver o que ele tem se quiserem, na verdade eu faço questão, vocês me apoiaram muito e que quero mostrar que esse apoio valeu a pena — disse olhando para o mesmos que abriram um grande sorriso.

— Eu agradeço s/n, ele está no quarto dele — eles me disseram eu apenas assenti, fui rapidamente até o quarto da minha mãe e peguei meus equipamentos, logo depois voltei onde estavam e eles me guiaram até onde Leo estava, senti um leve frio na barriga eu estava nervosa para o que poderia acontecer, até por que aquele garoto foi meu primeiro amor.

— Fiquei vontade — disse a mãe dele, eu apenas assenti caminhando até a cama onde Leo estava, sua mãe havia nos deixado só.

— Bem, pode me dizer como se sente? — eu disse analisando seu rosto, levei minha mão até seu rosto estava bastante quente.

— Eu sinto muita dor na garganta, mal consigo  falar , muita dor no corpo e bastante frio — era verdade ele estava todo embrulhado, suas janelas estavam fechadas e o ar de seu quarto estava desligado.

— Com licença — ele apenas assentiu ainda sem olhar no meu rosto, toquei em sua garganta bem devagar, depois em seu rosto e assim ele me olhou.

— S/n? — ele disse se sentando na cama, eu apenas assenti.

—  Eu senti sua falta — ele disse por fim, senti meu coração palpitar, o que estava acontecendo, sabia que ele nunca sentiu o mesmo, eu irei negar todo esse sentimento.

— Qual é, me dá um abraço — eu assenti, senti seus braços envolverem minha cintura e passei meus braços em volta de seu pescoço, seu cheiro era bom.

— S/n? Conseguiu deduzir o que ele tem — ouvi a voz de sua mãe, nos soltamos do abraço e a olhamos.

— É apenas garganta infeccionada, apenas tomar esse remédio de oito em oito horas — eu disse com uma cartela de remédio na mão entregando para Leo.

— A s/n, você realmente é um anjo — disse a senhora ao meu lado, eu apenas sorri para a mesma e a agradeci.

[...]

Alguns dias haviam se passado, hoje seria a ceia de Natal, minha mãe falou sobre isso a semana toda, a ceia na casa dos Picon sempre foi algo muito grandioso.

Minha mãe já havia deixado tudo organizado, por isso agora estava se arrumando, eu estava a ajudando até por que havia prometido.

— Está belíssima — eu disse terminando uma trança de escama de peixe em seu cabelo e um batom discreto.

— Você também está querida — ela disse beijando minha testa eu apenas sorri, eu usava um vestido azul escuro midi, no modelo ombrinho e uma pequena fenda na saia, uma sapatilha nude que combinava com a minha bolsa de mão, minha maquiagem era bem leve nada demais.

— Bem então vamos — disse minha mãe me puxando para fora do quarto me levando onde estava todos na sala.

— S/n, a eu estava com saudades — disse Jade, nos duas fizemos um antigo toque de mãos que tínhamos, rimos quando terminamos e nos abraçamos.

— Senti falta disso — disse em quanto nos separávamos do abraço.

—  Também senti a sua e eu não fui a única — ela disse levando seus olhos em direção ao seu irmão, que estava caminhando em nossa direção — Se me derem licença eu preciso ir procurar alguém — disse Jade me dando uma piscadela.

— Gostaria de saber como consegue ficar mais bonita a cada dia — disse Léo pegando minha mão e depositando um beijo na mesma — Será que poderíamos nos falar lá fora? — ele disse ainda segurando minha mão, eu apenas assenti, ele soltou um sorriso e me guiou para fora da casa. Havia um forro xadrez no gramado, com um pequeno buquê de flores, não era rosas vermelhas, eram girassóis, nos sentamos e ele me entregou o pequeno buquê.

— Bem, eu quis te dar girassóis, por que é como eles, você ilumina sabe? E o seu sorriso, a não a outro como o seu —  senti o frio na barriga novamente, meu coração acelerar — S/n, você é incrível, era impossível não pensar em você, agora está aqui e o que mais quero é te ter em meus braços, você aceita ser minha?

— Isso é verdade, eu já imaginei tanta vezes esse momento antes de dormir — eu disse sorrindo — Sim, eu aceito ser sua. - disse e selei nossos lábios, nosso beijo havia uma grande mistura de sentimentos.

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Hello, boa leitura.

Kisses.


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