A festa da Maia

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Gus e Riley

    Chegou o temido sábado , infelizmente , e a Riley me enviou mensagem o dia inteiro , ignorei a todas , como ela é chata , por ela me lembrar tantas vezes dessa festa resolver ir , mais ou menos , tomei banho vesti uma roupa qualquer.

      Achei que ia conseguir passar pela porta sem que minha mãe me visse porém foi em vão

- A onde você vai ? - perguntou ela sentada no sofá  , a tv estava ligada pelo menos não tinha um cara com ela

- por favor não finja que se importa comigo - murmurei mas ela ouviu e se levantou

- o que você disse ? Pode repetir pra mim?

- droga - disse ainda mais baixo porém ela ouviu de novo

- Gustav , você não tem respeito com a sua mãe , você deveria ser mais educado , não tem o direto de me responder

- você é que não tem respeito comigo , toda bendita semana trás um cara diferente pra casa ,  e você está sempre fora de casa quantas noites já passou fora ? Ah eu ja perdi a conta , durante muitos  dias eu vivi sozinho porque a minha mãe maravilhosa não estava para cuidar de mim , eu tô cansado de você e os seus namorados pra mim já deu , tá  eu vou sair por aquela porta e você não vai me impedir , porque você não é mãe o bastante para mandar em mim , você já perdeu esse direito quando me deixou sozinho em casa aos 5 anos de idade num dia de chuva uma tempestade - disse tudo o que estava sentindo , mas ela não ficou calada podia ter sido mais fácil se fosse assim

- você não sabe pra onde eu fui nesse dia , estava atrás de emprego pra te ajudar te sustentar, depois que seu pai morreu eu fiquei sozinha não tinha como criar você , queria que eu tivesse te dado pro orfanato ?

- mentira e mais mentira , você não foi caçar emprego coisa nenhuma , se eu tivesse ido pro orfanato estaria bem melhor lá do que aqui com você , mãe!

      Ela levantou a mão e meu deu um tapa no rosto , fechei os olhos e sai correndo , a deixei sozinha chorando não podia ficar ali. Corri sem rumo , por lugares estranhos , dei meia volta e fiquei no terraço de casa , e logo adormeci. No outro dia na segunda feira , acordei com um sol rachando no meu rosto , me levantei correndo e entrei pra dentro , minha mãe , tinha saído pra variar , tomei banho e fui pra escola

      Riley

       O que tem de errado comigo ? Porque sempre afasto as pessoas ? Acho melhor ficar sozinha , assim eu não incomodo ninguém. Finalmente consegui fazer com que meu pai me deixe usar as roupas que eu quero , tomei um banho e fui pra escola.... Ah meu Deus o Gus tá ali , vou fingir que não o vi , pois ele me deu um bolo , e eu não quero falar com ele agora, aí merda ele me viu , está vindo

- oi - disse ele num sussurro

- ah oi - respondi

- tudo bem ? - ele perguntou , como se não soubesse o que aconteceu

- olha eu não vou te julgar - abrir o jogo - nem brigar com você pelo bolo que me deu no final de semana , então não precisa puxar assunto comigo só por pena , só me diz por que você não foi ?

- eu só queria dizer se podemos sair daqui , queria te pedir desculpas pelo o que houve , eu briguei com minha mãe e não pude ir - ele disse

- eu te desculpo , vamos pro lago ? - perguntei percebendo que a entrada da escola já havia ficado cheia

- sim - ele disse e nos seguimos pra lá

    Gus

   Vendo a Riley sentada na grama fiquei com pena dela , queria dizer que fui a festa , mas nao  sabia como ah eu ia chegar nela e falar " ah Riley eu fui sim na festa , só que fiquei no terraço , subir pela escada de incêndio , fiquei admirando as estrelas , quando percebi que você estava na sacada , triste talvez pelo fato de eu te- lá abandonado e não tive coragem para aproximar e me desculpar , eu sou um idiota mesmo!"

Gus e Eu Onde histórias criam vida. Descubra agora