Capítulo 7

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Depois da conversa que acabou deixando ambos os adultos um tanto quanto incomodados, os quatro seguiram para almoçar. May permitiu que Coulson a ajudasse nesse momento, levando em conta que nenhuma das duas sabe comer direito sozinha. 

A refeição foi feita em meio a risadas e boas conversas. Melinda nunca havia visto suas filhas falaram tanto, quanto nesse dia. Elas ficaram realmente muito entusiasmadas por terem conhecido o "parceiro de missão" da mãe e o resto da equipe. Lizzie fez questão de contar boa parte das suas histórias de infância para o homem, tal como Josie, que adorou dizer a ele que vai ganhar um patins de aniversário - mesmo que a May não seja muito a favor. 

Por um momento, Coulson até se esqueceu de que não havia convivido com essas crianças por todos esses anos. A mágoa pelo fato da May ter ido embora sem mais nem menos, naquele momento de diversão, simplesmente sumiu. Ele só queria poder ficar ali para sempre, acompanhado das suas pequenas e da mulher que ainda ama. Que ama muito. Estava amando cada segundo, sentindo como se fosse parte daquela família, mesmo que ainda não tenha sido inserido nela. 

Os quatro acabaram ficando mais do que o esperado dentro do restaurante, e no final, ainda tinham que ir tomar sorvete - algo que Coulson prometeu a elas. Depois de experimentarem boa parte dos sabores, Melinda deu conta de que estava ficando tarde e que precisava voltar para casa. Phil tentou convencê-la a ficar mais um pouco e até, chamou-a para passar a noite na base - por saber que tem um quarto vago. Porém, May optou por não aceitar, por algumas razões. 

— Eu gostaria de me aproximar delas. – Logo que as meninas foram colocadas na cadeirinha, Coulson fala apenas para May, por saber que as meninas não iriam ouvir. 

— Eu sei. Só quero pedir que a gente vá com calma, isso é uma novidade muito grande para as meninas e bom, elas precisam de tempo para se adaptarem. – Melinda sentia-se um tanto receosa por conta disso, levando em conta que escondeu do Coulson a existência das crianças. 

— Tudo bem. Elas são pequenas e precisamos ir com calma. – Phil sorriu de canto. – Por favor, não vá mais embora. 

— Eu não vou, Coulson. – ela garante. – Mas também, não irei pedir desculpas por ter ido quatro anos atrás. 

— Você fez o que achou que seria melhor. – sussurra. – E mesmo que eu não concorde, ficar bravo agora não irá adiantar de nada.

— Tem razão. É passado, tudo ficou no passado. – May fez questão de dar ênfase na palavra "tudo", para que ficasse bem claro tudo que ela está pensando. 

Depois de tudo, depois de ter seu coração partido por conta da "traição" do Coulson, ela não está disposta a tentar ficar com ele novamente. A relação entre eles já havia dado errado cerca de três vezes, e ela não está interessada em adicionar uma quarta para esta. Os dois ficaram se encarando por alguns segundos, em um silêncio horrível e agonizante. Até que um deles decidiu quebrar o gelo:

— Bom, se quiser ir almoçar amanhã lá em casa. – May abre a porta do carro, ao passo que faz o convite.

— Estarei lá. Aposto que os outros vão querer ir também. – Coulson havia visto como seus agentes ficaram felizes ao verem as meninas, agora, está mais do que determinado a aproximar todos e a não deixar que ninguém se afaste.

— Diga que o convite está estendido a todos. Mas, se o Hunter não quiser ir, não terá problema nenhum. – Ela brinca e entra no veículo, despedindo-se do homem com um meio sorriso.

Consegue contar nos dedos, os dias que ela mais se divertiu na vida. E este, ao lado das filhas e do antigo parceiro, com certeza está nela. Coulson estava se sentindo tão bem, provavelmente, experimentar metade dos sabores de sorvete da sorveteria foi a coisa mais divertida que já fez em sua vida. E Melinda está feliz com isso, pensando que talvez, não tenha sido tão ruim dizer a verdade a todos.

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