Quando Coulson e May chegaram em casa, as meninas ainda estavam fora, então a ex agente aproveitou a oportunidade para arrumar um pouco da bagunça da casa. Apesar de as meninas já estarem maiores, elas continuam sendo mais do que bagunceiras, e às vezes, esquecem onde se guardam as coisas.
— Como foi a sua conversa com o meu pai? — Melinda indaga, abaixando-se para pegar os brinquedos e colocar dentro da caixa, onde eles devem ficar.
— Razoavelmente, bem. — Coulson dá de ombros. — Mel… — Ele caminha até ela, com passos lentos e para ao seu lado.
— Menos papo, mais arrumação. — Não dando muita moral, May continua arrumando as coisas.
— May. — Coulson muda o chamamento. — Acho que precisamos conversar.
— Precisamos arrumar a casa, isso sim. — Ela se levantou, bufando e olha no fundo dos olhos dele. — Sobre o que quer conversar.
Coulson havia planejado essa conversa a muito tempo, e ainda assim, quando chegou o momento ele não conseguiu falar. Sua voz travou, e a única coisa que ele conseguiu fazer, foi ficar parado, encarando os lindos olhos da asiática. Ele queria dizer um milhão de coisas, pedir um milhão de desculpas, mas, não conseguiu dizer nem ao menos uma única palavra.
— Coulson… — May chamou-o, na esperança de fazê-lo explicar o motivo de todo o silêncio.
Lá no fundo, ela sabia do que se tratava. Sabia que se tratava de uma tentativa da parte dele de consertar as coisas. Tem certeza que seu pai acabou falando mais do que deveria e que agora, Phil está com mais peso na consciência do que antes. May deu dois passos para o lado, colocando a caixa de brinquedos em cima do sofá e voltando para frente do homem.
— Vamos lá, diga o que quer dizer. — Pediu.
E mais uma vez ele não respondeu, só que dessa vez, ele estava reunindo coragem para fazer algo que - também - estava demorando muito tempo. Em um momento de impulso, onde suas sinapses estavam indo melhor do que nunca, Coulson puxou a mulher pelo pulso, colando seus corpos rapidamente. Encarou-a por alguns segundos e antes que ela pudesse se afastar, colou seus lábios aos dela. O beijo deles, representava mais do que apenas amor, representava a saudade, a paixão e o acúmulo de sentimentos que durou anos. Coulson sempre foi apaixonado pela sua melhor amiga de toda a vida, só que nunca soube que o sentimento era recíproco. E quando soube e as coisas pareciam prontas para dar certo, ele estragou tudo.
Por mais que Melinda estivesse bem ali, retribuindo o beijo da melhor forma, não dando nenhum indício de que iria parar, ele ainda não estava acreditando. May é simplesmente a pessoa que mais importa na sua vida e agora, ela divide essa posição apenas com as gêmeas mais adoráveis e divertidas do mundo. Lizzie e Josie.
Por um instante, eles esqueceram dos milhares de fatores que um dia, impediram que eles ficassem juntos. O destino estava caminhando a favor deles, pela primeira vez em muitos anos. May colocou suas mãos ao redor do pescoço do homem, que fez o mesmo, só que na cintura dela. O tempo ali, não era algo significativo. Só queriam ficar próximos um ao outro, para sempre. Só queriam comemorar, internamente, que o desejo reprimido por anos estava finalmente aflorando. Coulson pressionou de leve a cintura da mulher, trazendo-a ainda mais para perto. O ar estava começando a faltar, mas nenhum dos dois estava querendo se afastar. Estava muito bom ali, o lugar preferido de ambos, tornou-se os braços do parceiro. E Melinda, queria poder ficar com ele para sempre. Aproveitando o beijo e tudo mais que ele pode ofertar.
De repente, foram obrigados a se afastar, quando ouviram o barulho de um carro estacionando na frente de casa. Daisy e Jemma escolheram o pior momento para chegar com as meninas.
— Terminamos isso depois. — May garante, sorrindo de canto, e voltando a catar brinquedos.
— Irei cobrar. — Coulson, sorri também, começando a ajudá-la com isso.
Segundos depois, a porta foi aberta e casa foi invadida por pessoas falantes, animadas e cheias de sacolas. Daisy e Jemma não conseguiram se segurar, compraram quase o shopping todo para as meninas e por sorte, não estão falidas.
— Oi mamãe. — Lizzie corre até a mais velha, abraçando a mesma.
— Oi anjinho, como foi as compras? — Melinda indaga.
— Foi ótima. Gastamos muitooo dinheiro. — Lizzie diz arregalando os olhos. — Mas, ainda bem, que a tia D. e a tia J. têm cartão de dinheiro. — a pequena dá de ombros.
— Pode deixar que eu vou conversar mais tarde com elas sobre o tal cartão.
[...]
Eles passaram o resto da tarde arrumando a casa e depois foram jogar alguns jogos juntos. Acabaram jogando banco imobiliário e deixando as meninas ganharem, já que elas não sabiam direito o que estavam fazendo. Para que não houvessem brigas, no final, disseram que houve um empate. Daisy, Jemma e Phil iam dormir na casa da May, por causa na festa de aniversário das meninas no dia seguinte.
Depois que todos tomaram banho, e se arrumaram em suas respectivas camas, Coulson e May decidiram terminar o que havia começado antes. Porém, antes de mais nada, ele tinha que dizer algumas coisas para ela.
— May… — chamou a atenção da mesma.— De uns tempos para cá, eu percebi que eu sou mais do que incapaz de viver sem você. Eu não quero. E eu não posso. Eu preciso da minha melhor amiga, do meu braço direito e da minha alma gêmea. Clichê? Sim, muito. Eu deveria pedir um milhão de desculpas pelo que fiz, e aos poucos, acho que vou conseguir chegar nisso. A única coisa que eu preciso nesse momento, é de você e das nossas filhas. Eu desisto da shield, desisto da minha vida de agora se eu puder ter a chance de recuperar o tempo perdido. Eu amo você, Melinda. E eu amo a sua força. Você conseguiu juntar todos os caquinhos, que viraram caquinhos por minha causa. Eu te amo.
May sorriu, ficando em silêncio, antes de decidir responder.
— Eu posso viver sem você, só que eu não quero. Eu posso me levantar muitas e muitas vezes. Não importa o que aconteça, eu sempre irei tirar forças do fundo do poço para me reerguer. Porém, confesso que não importa quantas vezes você parta meu coração, eu sempre irei continuar te amando. Para sempre. Você é e sempre será o meu primeiro e único amor para a vida inteira. Eu também te amo, Phill. E no momento, eu acho que acabei falando demais. Porém, eu estou disposta a colocar você inteiramente na minha vida e na das meninas. Não precisa desistir da shield, nem nada do tipo. Só, vamos ver para onde o destino nos leva. Quem sabe um dia, tenhamos mais histórias para contar.
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Meu Erro
Fanfiction《PHILINDA》 Phil Coulson pode ser considerado um homem cavalheiro e gentil. Está sempre disposto a ajudar e dar a segunda chance que todos merecem. Mas, até o ser humano mais perfeito é capaz de cometer erros. E bom, algumas vezes o erro é tão grand...