Paciência

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NOVA SIGLA!
(U/N) = Último Nome / Sobrenome

P.O.V (S/N)

Fazem uns 5 minutos desde que saímos daquela casa, eu acho. Parecia que ia chover daqui a pouco.
"Então... Onde exatamente a gente tá indo? Tipo, vai ser um beco, uma casa abandonada, um barraco, essas coisas?"

"A gente vai até uma casa onde eles falam com o pessoal interessado. Não falam com pessoas diretamente na base no 'primeiro encontro', por questões de segurança. Mas a localização da base e se eles estão ou não envolvidos nisso são os principais objetivos"

"Então... É tipo como se a casa fosse a casa fosse uma loja e a base o fornecedor de produtos?"

"É, por aí" Ele coça a nuca "Ah, e, enquanto a gente estiver na cidade, me chama de 'Jay' em volta de outras pessoas. É uma identidade falsa"

"Entendido."

"Falando nisso, você não tem nenhuma ficha que possa ferrar com a gente, né? Nenhuma passagem pela polícia, ou até um parente que trabalha lá?"

"Não, pelo menos nada que eu saiba."

"Certo."

O resto da viagem foi em silêncio.

...

Depois de alguns minutos, havíamos chegado até a tal cidade; Tord estaciona o carro, e nós dois saímos.

"É no final da quadra, pelo o que eu vi" Ele pausa, trancando o carro e colocando as chaves no bolso

"Ok, mostre o caminho"
Eu o sigo do lado, com as mãos nos bolso; olho pro céu, com as nuvens de chuva se formando, não prestando muita atenção na rua
'Tava ensolarado até pouco tempo atrás, que porra é essa? O clima tá mais confuso que eu nessa caralha"
Enquanto eu me distraía com o clima, acabei trombando com alguém. Por sorte ninguém caiu, mas foi o bastante pra isso quase acontecer, Tord para e eu me viro pra pedir desculpas depois de recuperar o equilíbrio

"A-ah, desculpa, eu tava não tava muito focada na rua" Digo, meio nervosa e, obviamente, com vergonha

"Ah, não, tudo bem. Eu também não tava olhando pra rua" O homem com moletom verde diz, levantando o celular; ele provavelmente estava falando com alguém

"Pelo menos eu não derrubei a sacola, né?" Forço um sorriso
'Deus, isso é constrangedor. Por que eu não só me virei???'

Ele dá uma risada "É, eu comprei refrigerante, não seria uma boa situação abrir ele depois que caiu"

"É, heh... Eu vou indo agora, até" digo, erguendo um pouco meu antebraço e apontando pra frente

"Até" O cara fala, seguindo caminho

"Ah, obrigada, isso não virou uma conversa..." Eu sussurro, suspirando em alívio, e me viro a Tord "Então, uh... Desculpa aí por atrapalhar o caminho"
Ele ainda estava parado, com a cabeça e costas meio inclinadas pra frente
"Ei, T-- Uh, Jay" Ele não respondia. "Jay!" Falo mais alto

"A-ah, oi" Ele tosse após a frase "Eu... Só não tô acostumado com você me chamando assim" Diz baixinho. Eu duvido disso, mas agora não é a hora de discutir... Eu acho

"Ah, ok... Vamo continuar então" Sugiro

"Yep, vamos" Ele volta a andar, e eu volto a o seguir.
A gente chega em uma casa grande, e enquanto eu observo o lugar, Tord aperta a campainha, e uma voz monótona atende

"Quem é?"

"Jay"

"Ah, claro. Eu ainda estou arrumando algumas coisas aqui dentro. Só colocar a senha e pode entrar, vai ter alguém te esperando"
Tord aperta alguns botões em um painel, e empurra o portão; nós dois entramos, e eu o fecho em seguida.
Ele bate na porta, e um homem de calça preta com uma camisa branca abre.

Soldado [ Tord x Leitora ]Onde histórias criam vida. Descubra agora