11| Ava Beaufort

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Tudo corria completamente bem no baile

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Tudo corria completamente bem no baile. Meu plano e de Charlie estava dando certo, realmente parecíamos apaixonados, estávamos em sintonia. Meu pai estava orgulhoso, o pai dele estava satisfeito. Estava tudo certo, dançamos várias vezes, socializamos com todos e então, enquanto dançávamos, eu o vi.

Então eu já não sabia mais o que estava fazendo. Dispensei Charlie e fui atrás dele.

George Barton.

Aquele maldito francês – que até então eu chamava de bendito.

Parecia quase delirante vê-lo ali, quase irreal. Quando pesquisei sobre ele não encontrei absolutamente nada, o que eu já deveria ter estranhado – significava também de que nunca o veria por aqui, ou algum lugar ocupado por membros reais ou algo do gênero.

Ele acabou de sair do salão, tão discretamente quanto entrou. Eu realmente nunca sonharia com algo assim.

Tento não sair correndo do salão para não ter problemas e quando atravesso as portas, seguro a barra do vestido e corro atrás dele. Eu tinha de vê-lo. Jurava que nunca mais veria ele, e nem chegaríamos perto de ter uma conversa.

Talvez eu esteja ficando obcecada por ele. Foram só umas duas tardes trocadas e um beijo. Um beijinho. Ok, meu primeiro beijo, deve ser por isso que estou tão emocionada com ele.

Suspiro. Que bobagem.

O jardim sul está vazio, e não vou procura-lo por todos os jardins. Estou agindo feito uma tola e nem sei por quê, não há motivos para...

"Que droga." Digo soltando a barra do vestido.

Os guardas já ficaram para trás, e felizmente os jardins são bem iluminados – por outro lado é ruim, não dá para enxergar muito bem as estrelas.

Caminho pelo labirinto até chegar na fonte e me sentar na beirada.

Se eu estivesse na Carolina do Sul nada disso estaria acontecendo, se minha mãe estivesse viva, nada disso estaria acontecendo, se eu não fosse filha de um rei, nada disso estaria acontecendo.

Bufo. Ainda faltam horas para amanhecer, horas para todos irem embora, horas para eu dormir e encontrar um pouco de paz no sono, mas as horas que faltam para eu ter essa paz é a mesma que me aproxima do casamento.

Ergo os olhos ao ouvir passos próximos a mim. Há cinco corredores que dão a fonte, eu não faço ideia de qual veio o barulho.

Pode ter sido um animal, ou algum guarda verificando minha segurança, ou se eu preciso de algo. Não posso entrar em pânico por causa de nada.

Respiro fundo, deixando meus ouvidos atentos. "Há alguém aí?" Poderia ser meu segurança secreto, acho que tenho um, já ouvi algo sobre isso, então...espero que seja – apesar de que isso deixe claro que nunca terei privacidade de fato, e que todos os meus passos são realmente vigiados vinte e quatro horas por dia.

PROMETIDOS #1 [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora