Act III

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Conseguia sentir meu coração batendo tão forte que o som ecoava na minha cabeça, só desviei os olhos da escuridão da floresta quando as sirenes da ambulância me puxaram de volta para a realidade

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Conseguia sentir meu coração batendo tão forte que o som ecoava na minha cabeça, só desviei os olhos da escuridão da floresta quando as sirenes da ambulância me puxaram de volta para a realidade.

Em cima da maca e rodeada por paramédicos havia uma mulher, ela estava coberta de sangue e parecia ter alguns membros quebrados, em meio aos barulhos não conseguia ouvir o que os médicos diziam e saber se ela ainda estava viva.

"O que aconteceu? Conseguiu pegar o cara?" Niall perguntou assim que cheguei ao seu lado, ele tinha as vestes manchadas e um olhar atordoado, parecendo um pouco perdido.

"Ele fugiu, ele era surpreendemente veloz, nunca vi ninguém se localizar tão bem no escuro, acredito que ele já conheça bem o lugar." Eu digo tentando atribuir uma explicação à minha incapacidade de capturá-lo. Merda. Ainda não acredito que deixei ele escapar.

A polícia começava a cercar a cena de crime e vi Louis vindo ofegante em nossa direção, pulando as faixas amarelas usadas para delimitar a área.

"Ela estava muito machucada, eu não toquei muito para não correr o risco de deslocar alguma coisa ou pirorar o estado dela. Ela está horrível, espero que sobreviva." Niall diz enquanto Louis se aproxima, sua voz vai ficado mais fraca e baixa a cada palavra.

"Onde você estava Lou?" Questino. Era pra ele ter atendido a emergência, talvez, se ele estivesse aqui para ajudar...

"Eu... eu dormi na viatura, vim assim que soube, não acredito que ela se machucou tanto por minha causa." Ele está tão ofegante que parece que veio correndo até aqui.

"Não foi sua culpa, aquele maníaco estava um passo a frente de novo. Porra, eu não acredito que outra pessoa morreu em vão." Meu parceiro disse irritado.

Apesar de estar ao nosso lado Louis parece distante e alheio aos acontecimentos da noite, está com um olhar distante e constantemente passa a mão pelos cabelos, imagino que se sinta culpado. Caralho, a culpa não é dele ou pelo menos não é só dele.

"Precisamos de alguém para ir com ela até o hospital, ela precisa ser interrogada assim que acordar." Um policial avisa para nós enquanto espera em frente à ambulância.

"Eu vou." Eu e Louis dissemos ao mesmo tempo. Nós entreolhamos e eu acabei dando um passo a frente e seguindo o policial, ele já tinha tido um dia cansativo o suficiente e o caso do serial killer era minha responsabilidade. Minha culpa.

{...}

A ambulância cheirava a sangue e o trajeto inteiro foi conturbado, com tentativas de reanimação cardíaca, eu apenas assistia aterrorizado, o que poderia levar a alguém cometer um crime com este? Ela apareventava ser tão jovem e está prestes a perder a vida.

Ela foi colocada na UTI e eu fiquei fazendo a escolta do lado de fora de seu quarto, o Hospital Benjamim Rush era referência em emergências, apesar de localizado em uma cidade que dificilmente era palco de alguma. Era o hospital particular mais caro da cidade, mas Louis disse que tinha alguns amigos lá que poderiam cuidar melhor da vítima e garantir sua sobrevivência. Ainda acho que ele está se sentindo culpado e esta tentando compensar de alguma forma.

Midnight memories ° Zayn MalikOnde histórias criam vida. Descubra agora