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Está escuro quando Louis acorda. Harry ainda está respirando pacificamente embaixo dele, o ar está frio em sua pele e -

E o telefone dele está tocando.

Ele quase quebra o pescoço mergulhando no chão, com a intenção de desligá-lo antes que ele acorde Harry. Ele o encontra zumbindo no chão, no bolso de trás da calça jeans descartada, e tenta recusar a ligação mesmo com a visão turva. Quando ele vê a tela, duas coisas chamam sua atenção:

Um, são duas e meia da manhã.

Segundo, é Liam ligando.

Alô?", Ele grita no telefone, atendendo sem pensar e tentando se orientar no quarto de Harry em busca de suas próprias roupas. Ele faz uma pausa quando não recebe uma resposta do outro lado, apenas uma respiração estranha e instável.

"Liam", diz ele, tentando o seu melhor para não entrar em pânico. "Liam, é você?"

Mais silêncio. Outro suspiro longo, uma expiração direta no microfone e, em seguida, um único soluço de cortar o coração.

"Jesus", Louis sussurra, puxando uma camiseta que provavelmente não é dele. "Liam, amigo. O que aconteceu? Você está machucado?"

"N-não", Liam funga do outro lado. O choro atinge Louis como um trem de carga. "Estou bem. Desculpe, eu estou bem. "

"Não se atreva a se desculpar", Louis diz a ele, fechando o zíper do casaco que definitivamente pertence a Harry. Ele está acordado há dois minutos, mas ele já sabe que precisa sair. "Onde você está?"

"Casa", responde Liam. Há um barulho de barulho no final da linha, depois o eco de passos. "Eu acho. Eu tenho que sair daqui."

O medo toma conta do estômago de Louis quando ele agarra o edredom e o puxa sobre o corpo nu de Harry, pressionando um beijo apressado na testa. Ele acha que sabe o que está acontecendo e, se estiver certo, ai meu deus.

"Ela foi embora", diz Liam, sem avisar, e explode no que soa como uma nova onda de lágrimas. "Ela se foi, Louis, eu tentei de tudo, mas- ela foi embora."

"Liam", diz Louis, tentando ser autoritário. Ele põe os sapatos sem amarrá-los e desce as escadas do enorme triplex de Harry temendo por sua própria vida. "Me escuta. Você está na cama?"

"Não", ele diz. "A cama tem o cheiro dela, eu não consigo."

"Tudo bem", Louis interrompe. "Ok, querido, ouça. Estou a caminho, ok? Estou indo, mas tenho que desligar para poder chamar um táxi. Quero que você pegue um cobertor e se deite no sofá, apenas. Tente relaxar por um segundo."

Liam bufa. "Relaxar", ele murmura, mas Louis pode dizer pelo farfalhar de seu lado que ele se levantou. "Espera- você não precisa vir aqui, Louis, é seu dia de folga, eu não gostaria de ..."

"Cale a boca", diz Louis. "Estou indo e vou fazer um bule de chá, e você pode chorar o quanto quiser, apenas - espere um pouco, ok? Aguente firme. Eu prometo que você ficará bem."

Ele está correndo pela rua agora, joelhos rangendo tristemente porque pulou da cama sem se alongar, tentando avistar um táxi. É uma noite de quarta-feira, os becos quase vazios, mesmo no centro da cidade, molhados e brilhantes pelas luzes da rua.

"Louis", diz Liam, pequeno. "Não sei o que vou fazer".

O coração de Louis parte. Ele corre assim que vira a esquina, com a intenção de chegar ao seu melhor amigo, acenando para todos os carros que passam por precaução.

"Nem eu, mas vamos descobrir", ele promete. "Eu estarei aí logo."

E ele desliga então, mesmo que isso faça seu peito doer, sabendo que Liam continuaria falando. Em vez disso, ele liga para uma empresa de táxis e fica sentado em um carro em cinco minutos, falando o endereço de Liam e tentando parecer um pouco menos cansado do que realmente sente.

run away home - portuguese versionOnde histórias criam vida. Descubra agora