Camila mendes
Segurei em seu rosto na altura das bochechas e separei minha boca da dele, observando seus lábios vermelhinhos e o sorriso safado que se formou logo depois. Cole deixa qualquer uma doida.
-Vai com calma, queridinho - falei baixo antes de dar mais um beijo em sua boca.
-Tu me deixa louco, po - ele riu. Novamente íamos nos beijar quando a voz do kage invadiu o camarote.
-Eita porra - ele falou me fazendo tomar um susto e sair do colo do Cole rapidamente, arrumando minha saia em meu corpo - cadê o Travis e a Mads?
-Já foram - Cole disse - e a Ash? Te achou?
-Foi atrás de mim? Nem vi, graças a Deus - ele foi até a mesa pra pegar o celular dele e a carteira que estavam ali perto.
Peguei meu celular para olhar a hora e realmente já passou de quatro e meia da manhã, e apesar do pub estar um pouco mais vazio, a noite por ali estava longe de terminar.
-Tá tarde mesmo, gente - falo. -acho que também vou indo, se eu der sorte consigo um Uber rapidamente.
- Eu te levo, morena - Cole se causou e acabou cambaleando um pouco.
- Cê tá bêbado né Cole, vamos de Uber, amanhã você pega seu carro, eseja la onde eles estiver.
- Você está querendo se matar e matar uma "morena"? - o Kage era irônico, mas sabia que não tinha sido irônico para me atingir, mas também vou zoar o Cole.- também vou pra casa, tô cansadão.
-Você não está indo para outro rolo depois daqui? - Cole perguntou o que eu quis perguntar.
-Esse aqui já fez valer a pena a noite - Kage disse misterioso e confesso que fiquei curiosa pra saber o porquê.
Decidimos então dividir um Uber, peguei minha bolsa e fui com os dois pra saída do lugar, desistindo totalmente de tentar encontrar os falsos que eu chamo de amigos.
O Kage pediu o Uber e não demorou muito pra ele chegar e a gente embarcar. Ele foi a viagem toda em silêncio enquanto eu e o Kage fomos conversando sobre alguns assuntos da faculdade.
Deixamos o Cole na casa dele primeiro, onde nos despedimos com um beijo meio xoxo, mas eu passei meu número pra ele já garantindo uma foda futura e então partimos pra casa.
-Pode deixar que eu pago - foi a única coisa que o Kage disse o caminho todo.
- Relaxa, a gente divide - insisti.
-Tu fica me devendo uma - ele falou e eu dei de ombros. Se ele queria bancar o cavalheiro, que bancasse, sabia que aquilo era raro.
Ele pagou a corrida e o motorista nos deixou na porta do prédio.
Cumprimentamos o porteiro e fomos direto chamar o elevador, enquanto O esperava eu mandei uma mensagem pros falsos no grupo reclamando por eles serem extremamente falsos.
Chegamos em casa eu já fui tirando o tênis que tava me apertando e prendendo o cabelo.
-Boa noite aí - Kage falou enquanto tirava a camisa e ia direto pro quarto dele.
-Boa noite!
Tirei a maquiagem, tomei um banho quentinho, coloquei meu pijama e me joguei na cama pra dormir.
[...]
Acordei na manhã seguinte com o som ensurdecedor da campainha, quis matar quem quer que fosse que estava na porta e quis matar o Kage por não ir abrir ela.
Me arrastei até a sala com a cara amassada mesmo, olhos cheios de remela e cabelo todo bagunçado.
A pessoa do outro lado parece estar impaciente, abri a porta xingando até a próxima geração e dar a cara com uma mulher linda, mulherão na verdade, que tinha um sorriso enorme no rosto e ficou como ela me viu