Estava preso em uma cela com meus próprios sentimentos, os mesmos que tomavam conta daquela sala fria e suja com seu grande tamanho e peso massivo que me esmagava contra às paredes.
Eu estava imóvel, se quer expressões tinham espaço para se darem forma em meu rosto, era como uma camisa de força do coração.
O sentimento quando escrevera não era genuíno pois havia passado alguns dias do tal ocorrido, mas a sensação de dor do momento era memorável.
Em meio a tanto desespero, a falta de ar nem era uma preocupação, era como se eu tivesse aceitado que a morte viria me abraçar e levar junto dela.
Lágrimas começaram a tomar conta do espaço, no começo achei que seria uma forma de escapar deslizando entre aquilo que me rodeava, estava errado.
O lugar começou a inundar; Eu tinha cada vez menos oxigênio e a luz começou a ir embora.
