PRÓLOGO

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Eu achei que nunca mais faria isso novamente, mas, estaria eu reescrevendo minha carta de morte?
A maré de azar que me banhava todos os dias com uma brisa pesada de energias me deixava cada vez mais cansado.
Era como se meus bolsos se enchessem de areia onde cada grão alí presente representava uma angústia.
O ponto era, não conseguia mais nem ligar pra aquilo que me atormentava, a dor que eu sentira era incompreensível, algo como a 4° dimensão.
Eu precisava desabafar de alguma forma, mas era impossível, minha garganta estava amarrada com um fio de arame farpado onde cada pico se encontravam as palavras em que eu mesmo disse em que tudo seria diferente.
Eu não sentia nada e aquilo era horrível.
Escrevo no presente que me recebia a dor, mas pensara que seria lido por alguém!
Será que seria encontrado? E se encontrado, valeria de algo?
Já me senti mal por ter fracassado em outras coisas, mas dessa vez, está sendo aterrorizante.
Aquele momento me ardia assim como uma nuvem de fumaça sobre os olhos.
Eram por volta das 3 horas da manhã e aquelas lágrimas que humedeciam meu rosto não significavam nada, se eu estivesse em baixo de chuva em uma madrugada fria aquilo se compararia.
A alguns dias eu marcava com a palavra "dead" com uma lâmina no pulso, ninguém notara pois a questão era escondela. Hoje não se vê mais nada, nem se quer a cicatriz.
Não consigo entender porquê tanta coisa me atormentara de tal maneira. Porque eu tinha que sentir coisas que ao meu redor era exclusivo.
A intensidade na variação dos ápices me deixavam cada vez mais louco.
Talvez minha sanidade não esteja mais intacta quando isso for lido novamente mas guardo um retrato da alma.
Não desejo isso a ninguém.

Cartas Ao LixoOnde histórias criam vida. Descubra agora