A raiva que me consumia era insaciável, eu me sentia como se quisesse simplesmente deixar de viver, só então aquela dor passaria, eu já tinha apagado tudo que escrevera, pra mim pouco me importava naquele instante o que estava acontecendo, só queria que passasse pois estava prestes a fazer coisas que não devia.
Duas lágrimas escorreram, uma secou sobre o lado direito do meu rosto e a outra se encontrava em meu queixo querendo cair; Eu estava sozinho naquele momento, nem mesmo eu estava ali presente para tentar reagir, tudo era falso, nada faz sentido agora, eu olho para a porta e estou sentado, minha mente está vazia, queria sentir algo, mas a dor não seria uma certeza, aprendi naquela noite, que o silêncio é alto, insurdessedor, surreal, doía, mas para onde fugir, sempre que tudo se acalmava, ele aparecia, prevalêcia, tomava conta.