Prólogo

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Jeon Jungkook

Nós estamos juntos desde sempre, a gangue mais poderosa de Seul. Todo o nosso sistema é arquitetado sem nenhum defeito.

Somos sete.

Kim Namjoon, o líder. Coleciona bombas (a maioria criada por ele mesmo) e é ótimo em batalhas corporais.

Kim Seokjin, o rastreador. Tem uma habilidade incrível para criar dispositivos de rastreamento cada vez menores e mais potentes.

Min Yoongi, o hacker. Consegue controlar qualquer tipo de dispositivo eletrônico, desde celulares até as lâmpadas de qualquer casa.

Jung Hoseok, o planejador. Faz estratégias incríveis, pra qualquer pessoa, não importa se tenha mais de 40 seguranças ou se mora em um forte. Ele vai achar uma falha.

Park Jimin, o negociante. É um manipulador nato. Não importa o que ele está negociando, seja dinheiro ou a vida de alguém vida, nós sempre sairemos ganhando.

Kim Taehyung, o atirador. É claro que um atirador tem habilidade com armas, mas ele consegue reconhecer uma arma pelo barulho do gatilho. Sem contar o fato dele conseguir atirar de distâncias incríveis. Não importa onde estiver, se ele estiver te vendo, ele vai te acertar.

E eu, Jeon Jungkook, o assassino. Tecnicamente falando, todos nós somos assassinos. Eu sou o responsável por torturas, sequestros e também sou ótimo com lâminas. E, antes que algum imbecil se pergunte, eu não sou um psicopata.

Nós somos totalmente a prova de balas ou de qualquer outro tipo de armamento. Ninguém pode nos controlar.
...
Nesse exato momento eu estou andando pela casa, totalmente dominado pelo sentimento de tédio, tentando não sair para procurar uma briga.
Depois de alguns minutos eu solto um suspiro pesado e abro a porta do quarto de Taehyung, o vejo extremamente focado em limpar e organizar suas armas. Eu fecho devagar a porta em minhas costas e sento na cama atrás dele.

—O que faz aqui? — Ele coloca uma das últimas armas em sua estante e logo começa a limpar outra, mas dessa vez virado para mim.

—Tédio. — Digo e estalo a língua, acabando por me deitar na cama do mais velho.

—Tédio? Bom, eu acho que tenho uma solução. — Ele guarda a penúltima arma e  senta novamente na minha frente. Eu levanto meu corpo, ficando sentado. — A gangue do Moonbin está ficando mais forte, agora eles são seis. — Ele começa a limpar a última arma

—E então? — Olho o mesmo que se vira de costas para colocar a arma no seu lugar

—Nós temos algumas opções. Ou matamos alguém importante e mostramos quem manda, ou nós matamos um deles, ou continuamos com serviços pequenos e esperamos eles atacarem, ou... — Ele faz uma pausa e se vira pra mim. — Nós chamamos mais alguém.

—Nem pensar. — Eu digo firmemente, me referindo a última opção.

—Pra você pode ser, mas o Namjoon está realmente cogitando essa possibilidade.

Eu me levanto e saio irritado do quarto, desço as escadas e vou até Namjoon, na sala.

—Que história é essa de chamar alguém, Namjoon? — Ele me olha mas logo volta a se concentrar no seu livro.

—O Taehyung te contou? Nós pensamos em deixar a decisão pra você. — Ele finalmente fecha o livro me encarando. — O que acha?

—Nada de chamar ninguém. — Eu penso um pouco e logo me surge algo. — Podemos continuar com trabalhos pequenos. Eu já tenho alguém em mente.

Ele apenas faz um sinal positivo com a cabeça e volta a ler seu livro, dessa vez deitado. Eu subo em direção ao meu quarto e logo me jogo na cama, descansando meu corpo. Penso um pouco na garota que vou sequestrar e sorrio fraco.

"Finalmente um pouco de diversão."

Yun Hana

Ele me desafiou, eu não nego desafios. E não tenho medo de cumpri-los. Ele ri da minha reação à fala dele e anda um pouco para trás, com as pernas entreabertas e os braços ao lado do corpo, rindo fraco.
Eu respiro fundo e posiciono o meu braço, dou impulso e lanço, acertando o lado esquerdo do pescoço de Dohyun, meu tio. A expressão de medo dele se suaviza assim que ele enxerga a faca.

—Você continua ótima nisso, princesinha. — Meu tio diz saindo da frente da porta de madeira.

—E você continua me chamando de princesinha. — Eu rio fraco

—Você é igualzinha ao seu pai, eu chamava ele de anjinho. — Ele sorri e eu tiro a faca da porta.

—Eu tenho que ir, tio. Amanhã, depois da escola eu vou passar aqui de novo. — Digo e ajusto a minha mochila nas costas.

—Se cuide, princesa. — Ele beija o lado direito do meu rosto e eu sorrio fraco, logo saindo. Ando pelas ruas brincando com minhas pulseiras.

Eu sou Yun Hana, filha de Yun Minjoon. Antes de sua morte, o líder da antiga gangue mais poderosa de toda Nova York. Meu pai foi um dos maiores gangsters da cidade, era ótimo com facas e quaisquer tipo de lâminas.
Eu sou a única "herdeira" dessa gangue e fui criada dentro dela. Meu pai e meus 'tios' me ensinaram tudo (ou quase tudo) que eles sabem, como uma máquina programada para batalhar. Eu aprendi a ser hacker, atiradora, planejadora, negociante, rastreadora, assassina e bom, líder também. Eu nunca perdi uma batalha e é provável que nunca aconteça.

"Eu não preciso de uma gangue. Eu sou a gangue."

WRONGOnde histórias criam vida. Descubra agora