Capítulo 6

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Yun Hana

Acordo amarrada em uma cadeira. A sala onde eu estou é pouco iluminada e o ar é seco, as coisas não parecem empoeiradas de longe o que indica que foi limpada a menos de quatro dias. Não há quase nada aqui, apenas uma janela que é alta demais pra ver o que tem lá fora, uma porta, estantes vazias e uma cadeira, que é a que eu estou.

—Ah, que merda.–Eu digo quando tento mexer meus pulsos. Quem me sequestrou é bom em dar nós, meus pulsos estão ardendo mas a corda não prendeu a minha circulação.

Eu forço os pulsos até o nó afrouxar o suficiente pra pegar o canivete na manga do meu blazer. Depois de cortar as cordas dos meus pulsos e das pernas eu me levanto e me alongo um pouco, o dia de hoje vai ser longo.

Algum tempo depois eu estava sentindo menos dor, então eu apenas peguei a cadeira na qual eu estava presa e bati na porta com ela. Depois disso eu apenas me sento e espero alguma reação enquanto brinco com meu canivete.

Ouço a porta mexer seguro meu canivete, é uma reação automática. A porta se abre e eu vejo um homem, ele é bonito e não parece ser muito mais velho que eu. Eu diria que é um negociante.

—Pelo visto alguém acordou.–Ele ri e eu reviro os olhos. Eu costumo usar ironia no dia a dia, mas digamos que o meu humor não é dos melhores depois de ser sequestrada–Como se soltou?–Eu mostro meu canivete pra ele, , não estou com a mínima vontade de falar agora–Por que carrega um canivete?–Eu rio fraco

—Não é da sua conta.–Ele fica sério

—Você sabe com quem está falando?–Ele parece ter ficado irritado

—Parece ser negociante, mas não tenho certeza.

—É mais esperta do que eu pensava. Como sabia?–É claro que eu sou mais esperta do que você pensa, homens como você sempre acham que mulheres são idiotas.

—Outra coisa que não é da sua conta.–Eu levanto e me aproximo fazendo ele segurar sua arma quase automaticamente.

—Acha que pode me vencer?–Ele diz e arqueia a sobrancelha, me tirando o primeiro sorriso do dia mesmo que sarcástico.

—Acha que eu tenho medo dessa arma?–Eu acho que ele ficou ainda mais irritado-Onde está o líder?–Eu mal terminei de falar e outros seis apareceram. Entre eles Jeon Jungkook.

—Por que soltou ela, Jimin?–Um deles pergunta fazendo Jimin o olhar.

—Eu me soltei sozinha.–Digo e aproveito a distração dele pra pegar sua arma–Só seis balas, que pena. Eu não queria sujar meu canivete hoje.

—Quem é você?–O mais alto deles pergunta, eu tenho a impressão de que já vi ele em algum lugar.

—O Jungkook não contou pra vocês?–Eu o olho, ele parece estar furioso, ele provavelmente me odeia muito. Eu só não sei o porquê–Yun Hana.

—Tudo bem. Nós já entendemos que não vai ser fácil te matar ou te manter como refém, mas podemos conversar sem armas?–O mais alto volta a falar e estende a mão-Meu nome é Namjoon, eu sou o líder.–Eu abaixo a arma e seguro a mão dele, ainda receosa.

—Ouviu o seu líder, Jeon. Sem armas.–Eu digo e ele tira a mão da arma que estava segurando a algum tempo. Por que tanta raiva, Jeon?

—Bom, acho melhor irmos pra um lugar mais confortável.–Eles me levam pra uma espécie de sala, mas não sei se pode ser chamado assim porque é um galpão e não uma casa. Eles se apresentam e depois sentamos, ainda assim eu estou com a arma na mão. Não posso confiar neles tão rápido.

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