Dia 23 de setembro, saímos da escola e fomos para uma praça diferente das que já tínhamos frequentado. O dia estava nublado e ventava bastante. Naquela semana faria 1 mês que eu estava saindo com Jade. Sem dúvidas o melhor mês daquele ano, ela realmente trouxe cores para minha vida.
Tivemos um momento muito peculiar, contamos nossos maiores segredos. Um dos segredos que ela havia me contado me chocou bastante, porém fez com que eu a compreendesse melhor.
Naquela tarde senti que não havia mais nada para nos afastar, para que eu negasse o meu amor por ela, sentia segurança em quem ela era.
Nós já vivíamos como namoradas, apesar de não haver nada concreto quanto a títulos. Meu coração pertence a ela já faz um mês, eu o tinha entregado formalmente. O entreguei apesar do medo.
É intensamente complicado explicar meus motivos, mas sua abertura, sua sinceridade e simplicidade me fez enxergá-la como nunca ninguém a viu. Eu sabia quem ela era apesar dos traumas, apesar dos medos, apesar das tristezas, apesar das inseguranças. Eu conhecia Jade. Eu lia suas linhas e entrelinhas, e eu as amava, em suas curvas e complexidades.
Porém, nessa tarde ela teve coragem. Olhou em meus olhos e me pediu em namoro, da forma mais sincera que podia e eu a admirei.
Após aceitar seu pedido e ganhar muitos beijos, ela me acompanhou até o ponto de ônibus. No percurso como expressão de minha alegria, tentei gritar para todos que a mulher que eu amava estava namorando comigo, mas Jade prontamente me inibiu, com toda sua timidez.
Foi um dia muito feliz, demos o primeiro passo de muitos que estavam por vir.
