Frozen Heart

Cap. 7

"Eu faço de tudo o que você quiser, é só me dizer."

Any Gabriely.
21 de junho, sexta.

Espero sentada no banco na porta da escola enquanto Josh não sai. Minhas pernas balançam em ritmo frenético e milhões de pensamentos vem em minha mente do que pode acontecer, desde quando eu sou tão impura?

Depois de uns cinco minutos vejo ele saindo da escola rindo com Noah, eles se despedem e quando Josh olha em minha direção, parece surpreso, ele achou mesmo que eu não faria o trabalho?

- Any, você veio. - Ele se aproxima e cruza os braços.

- Sim? Precisamos fazer esse trabalho, não quero perder a nota. - Ele ri fraco negando com a cabeça.

- Certo, - Ele me encara da cabeças aos pés e morde o lábio inferior. - isso será divertido. Vem. - Ele vai em direção a saída e eu sigo.

- Já tem alguma ideia de como vamos fazer? - Pergunto enquanto estamos indo em direção ao seu carro.

- Bom, ela quer algo diferente, eu pensei em cores e fotos.

- Cores e fotos? Achei que o trabalho era de literatura.

- Eu achei que você tinha prestado atenção. Ela quer que a gente mostre quem nos somos sem palavras.

- Vai me falar como o trabalho vai ser. - Pergunto como se fosse óbvio.

- Vai saber quando chegarmos. - Concordo e silêncio enquanto nos aproximamos um Friso preto

- Então tem esse carro a muito tempo?

- Na verdade não, eu sempre quis mas faz pouco tempo que consegui comprar. - Ele abre o porta-malas para colocar as bolsas e depois me sento no banco de passageiros.

- Disse que faz pouco tempo que tem o carro, você trabalha? Acho que nunca disse pra alguém  - Digo assim que ele liga o carro

- Curiosa você, não acha? - Honestamente não. - Você 'tá nervosa?

- O quê? Não, eu não estou. - Falo rápido.

- Sim você está, sua perna não para de balançar e você não para de olhar o relógio no celular. - Ok, eu estou nervosa

No caminho o único som vem do rádio que não toca músicas que eu conheço. Observo a paisagem que me faz relaxar, gosto disso.

- Já estamos chegando? - Tento puxar assunto.

- Na verdade, já chegamos.

Ele estaciona o carro na garagem e pegas as bolsas no banco de trás, observo a parte de fora do apartamento, é cinza com pequenos detalhes em branco, acho que tem no máximo quatro andares. Josh libera a porta principal e subimos o primeiro lance de escadas em silêncio. Paramos em frente da porta branca com os números 103 em cima.

- Olha, o apartamento não é grande e eu não sou organizado, então não repara.

Concordo com a cabeça e quando ele abre a porta consigo ver o pequeno espaço e sinceramente não tem como não reparar na bagunça, fala sério. Almofadas espalhadas pelo chão, seus tênis jogados cada um em um canto e roupas, que pareciam estar na secadora, agora estão no sofá.