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Todo dia sinto que estou caindo, caio neste universo gélido e infinito, onde um ponto final se multiplica em três, onde um sopro torna-se um furacão.

Sempre estarei preso na minha espiral sem fim, que ainda assim, inclui tantos finais, para todas as histórias, tantas letras maiúsculas, vírgulas e parágrafos, tantos infindáveis pontos.

Estou caindo, caio em meu subterrâneo mental, cada vez mais fundo, para sempre, me perco com tantas passagens no labirinto espiralado desta insanidade.

Sempre continuarei de conto à conto, cada palavra áspera, rasgando a fina parede da alma, entrando em meu âmago, ardendo meu ser.

Estou caindo, caio eternamente, e em certo ponto, não existem mais histórias, dores, confusões, risadas ou amores, apenas caio, à esmo no universo, sozinho, com a verdade inexorável de que, quem me resta é meu melhor amigo e inimigo, eu.

Quebrado outra vezOnde histórias criam vida. Descubra agora