Capítulo 0: Prólogo

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Essa fanfic já estava no SS, mas criei coragem pra finalmente a postar aqui! Como avisei lá, alterei algumas coisas no universo ABO.

Espero que gostem ❤

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É, ele não deveria estar ali. Sentiu isso quando estacionou sua moto na esquina mais próxima, penteou os cabelos para trás com os dedos e colocou uma máscara de raposa, afim de esconder seu rosto. Não era hora ainda de se encontrarem, sacou a arma do coldre e se infiltrou.

Esta parte foi tranquila. Com o treinamento que teve era fácil invadir lugares sem a sua presença ser sequer notada, mesmo sendo um Ômega. Mas o pior sem dúvida alguma foi notar que a informação que recebeu estava errada.

Não estranhava as ameaças que escutava, muito menos quando começou o tiroteio afinal estavam falando da máfia. Porque estava ali? Bom, sua família por gerações foi encarregada de proteger o herdeiro da máfia, mas só podiam se mostrar após os dezoito anos.

A máfia em questão era a principal de Tóquio e comandava tudo que acontecia na cidade, junto da principal haviam outras poucas selecionadas que a servia, sendo elas as famílias Murasakibara, Midorima, Aomine e Kise, sendo a família comandante a Akashi. Claro, nem sempre foi assim, houve muitas brigas entre as famílias até acontecer o acordo e as máfias se unirem.

Sua família, a Kuroko, serviam diretamente a Akashi e por isso acabava seguindo o herdeiro, o que aconteceu nesse momento. Viu a cabeleira ruiva dar um passo e argumentar. Sabia que a grande maioria ali eram alfas ou betas. Não que a máfia fosse preconceituosa, mas os ômegas eram mandados em missões de infiltração ou as famosas limpezas. Havia recebido uma informação que estava acontecendo tráfico humano a comando da máfia, mas o que encontrou foi que alguns idiotas estavam roubando armas da máfia.

O primeiro tiro foi ouvido e em poucos segundos a confusão tomou conta do galpão. O grupo do herdeiro se escondeu e revidavam a altura, em especial três, um loiro, um com cabelos azulados e outro esverdeado. O único pensamento que passava na cabeça de Kuroko era: Como sair dali?

Olhava para todos os lados, procurando uma rota de fuga, sua mente trabalhava rápido neste plano ao mesmo tempo que atirava para se defender ou para derrubar alguns idiotas que ameaçavam o grupo. Correu em direção a algumas caixas e as usou como escudo. Estava próximo a porta que levava a rua - e para sua moto - o problema? O grupo de Akashi estava no seu caminho. Sabia que não conseguiria sair sem chamar a atenção.

Respirou fundo, pegou uma pequena bomba de fumaça que carregava consigo, contou até três e colocou o plano em prática. Simplesmente se jogou no meio do fogo cruzado, atirou em alguns traidores, clicou no botão e soltou a bomba. Logo o lugar foi inundado por uma cortina de fumaça, mas sabia que isso não impediria os mafiosos, por isso soltou seu perfume.

Por um curto período de tempo, todos pararam de atirar, ficaram atordoados pela presença que inundou o lugar e seguindo seus instintos, procuraram pelo Ômega que pertencia esse cheiro. Akashi foi o primeiro a sair do transe e a única coisa que conseguiu ver foi um corpo pulando uma pilha de caixas, caindo na calçada e correndo e claro, cabelos azuis como o céu de verão.

-O que foi isso Akachin? - Murasakibara questionou enquanto desarmava um traidor e quebrava seu pescoço

-Também gostaria de saber, Akashi - Desta vez foi Midorima que se pronunciou, mal olhou para onde os homens estavam antes de atirar e claro, acertou todos

-Queria na minha cama - Aomine respondeu sorrindo, enquanto se lançava contra outro homem e cortava sua garganta

-Credo Aomenicchi! Mas o cheirinho é uma delícia - Kise riu, enquanto brincava de tiro ao alvo com suas adoráveis lâminas

-Não sei, mas iremos descobrir - Akashi respondeu, atirando em mais dois homens e guardando sua arma - Midorima, ligue para o Takao e Himuro fazer a limpeza, vamos embora.

[…]

Kuroko dirigia o mais rápido que podia, teria que se livrar da placa de sua moto e torcer para que não precise pintar o cabelo novamente. Iria ter uma conversa séria com Hanamiya, pois quase teve que se revelar por conta de sua informação incorreta. Dirigiu para o outro lado da cidade, estacionando em um prédio simples. Desceu da moto, arrancou a placa e foi em direção ao elevador.

Quando finalmente chegou em seu apartamento, largou a placa na cozinha e foi se trocar. Vestiu uma bermuda preta, guardou a máscara e estava colocando uma regata quando ouviu batidas na porta.

-Merda - Murmurou enquanto ia em direção da porta. Já sabia quem era

Assim que abriu, só teve tempo de desviar de um punho que vinha certeiro em sua direção.

-KUROKO TETSUYA, QUE MERDA ESTAVA PENSANDO? - A beta gritou irritada, pois seu melhor amigo havia feito uma loucura sem nem ao menos procurá-la - Se quer morrer me avisa que faço isso agora e de graça!

-Satsuki, calma - Kuroko pediu, fechando a porta assim que a Beta entrou - Foi uma informação falsa do Hanamiya

-DAQUELE ALFA NOJENTO? - Momoi gritou irritada - Você ouviu ele ao invés de me procurar?! Sabe que não confio nele Kuroko!

-Eu sei Momoi - Tetsuya respondeu, servindo dois copos de café - Mas ele é útil também

-Eu sou sua informante Kuroko. Servimos sua família há gerações. Não deve confiar em qualquer um. Ainda mais nele - Já mais calma, Momoi comentou enquanto bebia um pouco do café - Já fiz o que me pediu, começa amanhã na faculdade senhor universitário

Acabaram rindo e conversaram mais algumas banalidades enquanto sentiam o gosto do café. A Beta foi embora tarde da noite, mesmo sendo sua vizinha e melhor amiga, planejavam morar juntos oficialmente quando o azulado se apresentasse a máfia e começasse a receber um salário decente.

E Kuroko mal podia esperar para o primeiro dia na faculdade, acabou esquecendo até de pedir uma nova placa a Satsuki.

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