Anjo de Papel

Capítulo VIII

Olá seres do Universo
Aqui vos fala
Luck Snowyowl

(Leiam as notas finais)

POVS. Alexandre

SEMANAS DEPOIS

Semanas haviam se passado desde aquele incidente com o David.  E de lá para cá eu vinha cumprindo minha promessa que tinha feito para mim mesmo: Eu tinha desistido dele, não tentava mais ser seu amigo, e tinha me afastado dele completamente. Só falando com ele quando fosse necessário

Mas claro, isso estava sendo muito dificil, pois além de causar um clima ruim na biblioteca, porque eu tinha que ve-lo todos os dois, o ruivo não facilitava minha situação. Ele tinha mudado um pouco seu jeito, pois agora ao invés de me ignorar, ele agora ficava puxando assunto comigo, e sendo um pouco mais educado, o que deixava Tia Beth feliz. E também meu pai, que não parava de perguntar como estava indo minha amizade com ele, sempre lembrando como ela era importante para a nossa igreja, a qual eu ficava cada vez mais sem desculpas

 Mas apesar disso, eu não ia voltar atrás, não depois do que ele havia me feito.  Sem falar que além de não me pedir desculpas diretamente, ele vinha tratando Nathaniel cada vez pior, principalmente quando me via falar com ele. Depois de tudo isso, eu realmente tinha parado de tentar entender esse menino. Ele era muito louco.  Mas graças a Deus, eu tinha Nathaniel para me distrair dessa loucura. 

( ... )

-Não sei não, Ale - Diz ele olhando para suas anotações - Não é possível, tem que ter uma ligação entre esses ocorridos, eu sinto que tem

-Que elas são parecidas, são - Respondo, coçando meu queixo, meio pensativo - Mas foi como dissemos com Tia Beth: Como esse assassino ainda pode ser o mesmo? São mais de 40 anos de diferença. Se ele ainda estiver vivo, deve estar muito velho

-Bom, ai entraria a teoria dos vampiros... - Lembra dando uma risada meio envergonhada - Mesmo se passando 40 anos, o antigo assassino estaria do mesmo jeito, no mesmo vigor...

-É, segundo o livro que eu li de vampiros, isso até faz sentido... Ele até poderia estar atrás de mais presas... - Concordo ao lembrar que uma das principais caracteristicas dos vampiros era a imortalidade - Mas tipo, porque ele parou de atacar naquela época? Porque voltou só agora?

-Boa pergunta... Acredito que tenho que pensar mais sobre o assunto... - Murmura pensativo, fechando o seu caderno de anotações - Mas agora mudando de assunto, o que voce está achando do meu livro? - Pergunta curioso, mas ao mesmo tempo receoso

-O-o que eu to achando? - Pergunto gaguejando, por ter sido pego de surpresa, não estava esperando essa pergunta. Eu não tinha comentado com ele o que tinha acontecido, na verdade, eu não tinha comentado com ninguém, por vergonha, de ter sido tão facilmente subjulgado, e por medo de ele contar algo pro meu pai  - Bom, eu...

-Ah, não precisa ficar assim - Diz ele, com medo da minha reação - Sei que é um tema meio diferente, principalmente pra voce, que é da igreja, mas...

-Não, não é isso... É que... Eu não tive tempo de ler... Sabe como é, as coisas tem sido corridas aqui por causa da queda no número de funcionários, tenho que fazer muita coisa - Minto dando uma risadinha nervosa

-Ah, entendo sim... Mas então me fala quando voce ler - Pede dando um pequeno sorriso. E por causa disso, não sei se ele acreditou ou não em mim