Os Selos e o Tesouro Perdido

Os Kayabi O Segundo Selo

O avião aterrissa e quando os passageiros desembarcam no aeroporto de Marechal Rondon em Cuiabá, Joana se dá conta que está em outro estado para uma aventura que pode custar sua vida, ela não tivera tempo de avisar o delegado de São Carlos e isso poderia comprometer sua liberdade também então ergue a cabeça e se encaminha para o desembarque. De repente lembra de sua pesquisa no avião na qual São Carlos foi fundada por colonos que faziam um trajeto entre Cuiabá e Goiás, provavelmente entre estes colonos havia alguém que escondera os selos nas cidades e essa era uma grande ligação e só reforçava que estava no caminho certo.

Algum tempo depois em um táxi.

- O senhor pode indicar um hotel ou uma pensão acessível, quer dizer em conta para que eu possa passar uns dias, por favor. – Joana sorri para o senhor.

- Claro minha filha, vou te levar lá, o lugar é simples mas é limpo, seguro e o preço acessível.

- Ótimo, muito obrigada. Obrigada mesmo.

Joana depois de passar pelo processo de hospedagem com o proprietário o Sr. José foi levada até seu quarto no segundo andar e ao entrar no ambiente percebeu que se encontrava em um lugar muito simples mas extremamente aconchegante, o quarto possuía banheiro e isso a confortou mais ainda porque precisava de um banho, a região onde se encontrava era extremamente quente .

Após dispensar o filho do hoteleiro, um rapaz simpático que se chamava Junior, que a havia ajudado, ela desfez a mala e passou a rever os mapas que tinha em mãos, a rota e as coordenadas que tinha a levariam para o meio da floresta para a tribo dos Apiacás, não tinha ideia de por onde começar. Exausta pela viagem acabou adormecendo.

Acordou com um calor e completamente suada, tomou um banho rápido e desceu.

Junior explicou que estavam há alguns minutos do centro e ela poderia ir andando.

Já na rua Joana comeu um lanche e dirigiu-se para a biblioteca municipal.

- Oi, boa tarde preciso de um exemplar de algo que fale a tribo dos Apiacás.- Ela pediu o livro para um jovem no balcão. Ele a encarou e saiu em busca do livro. Alguns minutos se passaram e ele trouxe o objeto.

- Desculpe mas notei pelo sotaque que você não é daqui, paulistana?

- Sim você também?

O jovem balançou a cabeça e disse – Sou carioca mas já perdi o sotaque, já andei por este Brasil todo. Aqui está o seu livro e qualquer coisa é só chamar viu? - Ele era alto, cabelos claros e destoava das outras pessoas de origem tipicamente indígena regionalmente e de seus descendentes que eram predominantes na região. Ele sorri para ela de um modo encantador.

- Obrigada. - Ela sorri de volta e sai.

Joana pesquisou por muito tempo e em vários livros, deteve-se nas informações do Rio Apiacá e Juara e as tribos e etnias que lá viviam, pesquisou sobre seus hábitos, alimentação e tudo que pudesse mantê-la segura. Já era tarde quando percebeu que a biblioteca iria fechar, entregou os livros agradeceu.

Joana andou um pouco pelo centro comercial da cidade de Cuiabá e se interessou pelos artesanatos indígenas expostos, por um breve momento esqueceu de seu verdadeiro motivo de estar ali e ficou deslumbrada com as variedades de peças, eram lindas e delicadas, mostravam um domínio da arte e da ancestralidade indígena regional.

Era tarde quando chegou no pequeno hotel, ligou para sua mãe avisando que chegara e estava bem, como já havia se alimentado foi dormir. Seus sonhos foram tumultuados por pessoas lhe seguindo, ela corria e não conseguia escapar deles. Acordou no meio da noite gritando o nome de sua amiga, e percebeu que estivera sonhando, deitou novamente e com lágrimas nos olhos demorou a adormecer. Quando amanheceu decidiu sair o mais rápido e terminar suas pesquisas para avançar em seu objetivo, achar a tribo Apiacá os Kayobi.