CAPÍTULO 7 - Final

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- O que está fazendo aqui?

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- O que está fazendo aqui?

- Quem foi que disse que queria me ver?

Eu não a soltei... ainda a tinha colada em mim, sua boca tão próxima que sentia seu hálito... Vontade louca de beija-la.

- Você pode ficar andando sozinha?

- Não. Mas eu precisava ir ao banheiro e não quis chamar a enfermagem.

Eu só conseguia prestar atenção naquela boca.

- Cláudia...

Ela baixou a cabeça no meu peito e envolveu seus braços em mim... eu beijei-lhe os cabelos, e a aninhei no meu corpo, passando a mão em suas costas. Não importava o que ela dissesse depois, eu realmente queria sentir aquele abraço mais que tudo.

- É tão bom ver você se recuperando. Eu quase morri de preocupação. - Suspirei com queixo encostado na sua cabeça.

Ela me abraçou mais forte, respirava meu cheiro. Eu podia sentir no meu seio seu ar quente.

- Quantas vezes eu vim te ver e me desestruturei te vendo naquele CTI... como é bom ter você aqui. Saber que está bem.

- Você veio todos os dias?

- Todos. Alguns eu não pude entrar pra te ver. Mas vim em todos. Ficava alguns minutos olhando pra você, te fazendo carinho...

- Cláudia emagreceu tanto...

- Eu passava dias me alimentando mal quando você estava mais grave... Joana que por vezes me trazia algo pra comer. E insistia. Sua mãe é incrível.

Fazia carinho no seu cabelo. Ela estava ainda bem magrinha, pálida. Fraca. Mas era a mesma Sara que eu amava. Senti-la daquela forma confortou todos meus dias de tormento. E não pensava no que ela pudesse me dizer depois, só importava esse presente. Perdi a conta do tempo que ficamos ali.

Ela levantou a cabeça e me olhou nos olhos, quis beija-la. Dei-lhe um beijo na testa, respirando fundo.

- Melhor você deitar. Já está muito tempo em pé.

A Conduzi até a cama, e ajudei a se deitar. Fui ao banheiro pra me recuperar. Lavei o rosto. Molhei o cabelo. Demorei-me alguns minutos pra tomar coragem e sair.
Respirei o mais forte que podia. Eu tentava puxar todo o ar disponível, mas parecia me faltar. Sentia o coração bater tão alto, que podia jurar que ela escutava lá de fora. Abri a porta e saí...

- Bom... Estou aqui. Queria falar comigo?

- Queria... Mas eu não sei bem o que dizer.

- Não precisa dizer nada, se não quiser.

Curiosidade (Lésbico)Onde histórias criam vida. Descubra agora