Capítulo 7

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Nós fomos andando até o Impala e Sam se sentou no banco do motorista. Deb se sentou atrás e eu fui na frente ao lado dele.

-Me explica direito sobre essa raíz- falei firme.- Nunca tinha ouvido falar dela. Já ouvi sobre os tais disturbios de sono, mas nada sobre raízes.

-Como você já ouviu falar de uma coisa dessas? Você nem gostava de estudar- disse Deb séria mas com deboche.

-Deb, eu não sou uma completa inútil. Sirvo para algumas coisas também- respondi.

-Serve para coisas inúteis

-Do tipo salvar vidas...- falei

Sam pigarreou e ficou nos olhando.

-Continue, Sammy...

-E é Sam...Uma vez, faz alguns anos, Bobby foi investigar sobre um médico que dormiu e nunca mais acordou. Tudo indicava que era algo sobrenatural, mas descobrimos que não era. A Silene Campensis, a raíz, é tomada para quem não consegue sonhar. O problema é que se você tomar essa raíz com alguma parte do corpo de uma pessoa que também tomou você controla o sonho e a mente dessa pessoa- explicou Sam.

-Tipo Freddy Krueger?- Deb perguntou.

-Tipo Freddy Krueger- respondeu Sam virando uma curva.

-Onde nós vamos conseguir a raíz?- perguntei

No momento que eu disse isso, Sam deu uma freiada brusca, fazendo com que meu corpo levasse um pequeno impacto mesmo com o cinto.

-Auh! Que porra foi essa?- perguntei brava passando a mão em meu pescoço, onde entava o cinto.

-Um vulto branco estava na pista- ele disse respirando ofegante.

Ficamos em silencio esperando alguma coisa acontecer. Nada. Sam ligou o Impala novamente e saiu do acostamento e seguiu novamente em direção a casa de Bobby.

-Está tendo uma revolta sobrenatural? Dean adormecendo do nada, fantasmas atacando, vampiros e tudo mais... Isso é realmente muito estranho- disse Deb.

-Estranho mesmo é eles estarem trabalhando praticamente juntos. Isso não é uma coisa normal para criaturas sobrenaturais- respondi.

-Como diria Dean, somos Winchester's. As criaturas sempre vão nos procurar.- disse Sam.

-E agora procurar a gente, já que estamos envolvidas nisso tudo- disse Deb.

-Mas.. de volta ao assunto "Raíz sinistra dos sofredores que não sonham", como nós vamos fazer isso? Entrar no sonho de Dean pra acordá-lo?- perguntei olhando para frente e vendo um ferro velho.

-Vamos ter que beber alguma coisa do Dean?- Deb perguntou- Pela lógica da explicação, provavél que sim, não?

-Chegamos...- ele apenas disse isso desligando o motor e saíndo do carro.

Eu e Deb ficamos mais um minuto sentadas.

-Eu realmente fico com raiva de gente misteriosa- falei olhando para ela.

-Fala do Sam?- ela perguntou.

-Não.. falo de ursos falantes que voam. O cara tem que ser tão culto?

-Ele só não tem intimidade com você.

-Com você ele deve ter. Dois bobalhões quietos, devem se comunicar por sinais- respondi abrindo a porta do Impala e saíndo.

-Calada- ela saiu do carro também.

Quando saímos do carro nós fomos andando até a porta de entrada, onde já estava aberta. No caminho nós viamos pilhas e mais pilhas de carros enferrujados e empoeirados. Era uma casa antiga, um pouco empoeirada. Coisa de um velhaco que não cuida de nada ou que nunca foi casado. Quando entramos, vimos uma escada logo ao lado da porta, onde ia pra o andar de cima e quando viramos em direção a sala nós avistamos Sam e Bobby sentados em dois sofás diferentes.

-Han... Bobby, essas são Juh e Deb.- Sam disse assim que aparecemos na porta e vimos os olhos curiosos de Bobby ao nos ver.

-Juh...? Ah! A Juh... O motivo dos atrasos de Dean...- Bobby respondeu rindo.

-Sou eu mesma. Essa é Deb, amiga minha.

Nós entramos e nos sentamos em um sofá de couro antigo que estava no meio da sala. O mesmo que Sam estava sentado.

-Dean tomou a raíz africana- Sam falou.

-O que? Como? Sam, não é só porque ele é o mais velho que ele é responsavel o suficiente. Você não viu nada? Você tem que olhar o que aquele cabeçudo faz- disse Bobby franzindo o cenho.

-Eu não sei como isso aconteceu, Bobby... Estavamos no bar ontem e ele tomou cervejas... e Foi só isso- respondeu Sam com cara de pensativo

-Aquela enfermeira do hospital. Você disse que ela trabalhava naquele bar... Desgraçada.- falei brava e tendo um pensamento de raciocínio rápido.

-Faz sentido... mas- Sam foi interrompido.

-Ele aceitou alguma coisa dela?- perguntou Deb observando encantada a pilha de livros antigos de Bobby e logo em seguida olhando fixamente para os olhos de Sam.

-Dela ele não aceitou nada, mas ela que trouxe a cerveja que ele pediu. Como eu poderia saber se tinha alguma coisa lá ou não? Era apenas uma garçonete- disse Sam.

-Sam, da próxima vez que alguma vadia chegar perto dele, me avise.- falei

-Não sabemos se foi ou não ela exatamente- disse Bobby.

-Mas mesmo assim, de acordo com Sam, foi a única coisa de diferente que aconteceu noite passada- respondeu Deb.

-Precisamos da raíz do sonho logo. Como vamos conseguir isso de novo?- disse eu.

-Elas são raras... Da última vez conseguimos com a Bela- respondeu Sam.

-Vamos falar com essa daí então- falei esperançosa.

-Morta...- ele disse olhando para o chão.

-Oh... então lascou- falou Deb.

-Eu tenho em um pote aqui em algum lugar- disse Bobby- Vão indo no hospital e consigam o cabelo do Dean.

-Ok, Bobby. Nos vemos depois- disse Sam se levantando.

Logo em seguida Deb também se levantou e foi caminhando junto a Sam até a porta. Meu celular tocou e eu me levantei e fui para fora da sala, junto aos dois na porta da frente para atender.

-Yeap?

-Juh?

-Quem está falando?

-Sou eu, a Deb. Me ajuda.

Eu ouvi a voz e era realmente a voz de Deb, mas como seria possível ser ela se ela estava exatamente comigo naquele momento...

-Onde você está?- perguntei na espectativa.

-No hospital. Sofri um acidente. Vem logo. Tchau.

Ela desligou...

50 tons de SupernaturalOnde histórias criam vida. Descubra agora