Capítulo 6

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ALLY

Acordei com a luz do sol batendo no meu rosto e os braços de James sobre o meu colo. Acabamos pegando no sono aqui no chão do quarto.

Delicadamente retirei seus braços de mim e me levantei, minha cabeça estava mais pesada que o comum e então risadas e mais risadas invadiram como um sonho na minha cabeça. Eu e James ficamos totalmente chapados ontem, a maconha me tranquilizou mais do que eu gostaria.

— Bom dia, querida — Assim que entrei na cozinha, Suellen me desejou com um sorisso aconchegante com uma xícara de café que logo estava em meus dedos.

— Obrigada — lancei um sorriso torto me lembrando do acontecido de ontem — Me desculpa por ontem, perdi o controle, não sei o que deu em mim.

— Não se preocupe, sei que James pode tirar a gente do sério quando quer — Ela fala seria mas com um ar de brincadeira, o que me tranquiliza. — Vocês já se resolveram?

— Ah sim, com certeza. — tomo um gole do café, para tentar acordar. Nunca mais fumo maconha na minha vida — Não aguentaria muito tempo sem falar com ele.

— Fico feliz com isso. — Ela me diz pegando sua bolsa e a chave de seu carro — Tenho umas coisas para resolver hoje, volto só de noite. 

— Tudo bem, cuido dos meninos.

— Sei que cuida. — Ela pisca pra mim e atravessa a porta e logo a batendo atrás de si.

Termino meu café e subo para meu quarto, vejo meu celular sobre a comoda, pego o mesmo e logo que o ligo, vejo 45 chamas perdidas, todas de Ethan. Dou risada. Ele realmente não desiste, isso me deixa em certo ponto, alegre. Mas isso me faz lembrar da tal Juliette. Sera que ela era a namorada dele? Com certeza ela é namorada dele. Mas ele foi tão intenso, a voz dele foi tão boa de se ouvir, algo tão familiar. Fechei os olhos e me lembrei daquela tarde. A melhor tarde da minha vida.

Suas mãos percorrem todo meu corpo de uma forma que só ele sabe, todo meu corpo se arrepia com seu toque e quando sua boca chegou até meu pescoço ao mesmo tempo que sua mão chegou entre minhas pernas, um gemido nada sútil saiu de meus lábios, o que fez ele fazer uma pressão maior com a mão.

— Gosta disso, não gosta? — Ele perguntou e num gesto rápido colocou sua mão dentro do minha calcinha e me penetrou lentamente.

— Gosto... — Falei lentamente enquanto segurava suas costas implorando mais contato. Sua boca encontrou a minha e um beijo totalmente desesperado começou, enquando ele fazia movimentos de de vai e vem e eu gemia sobre a sua boca.

Uma batida na porta me despertou e retirei a mão da minha calcinha rapidamente, enquando me recuperava falei um "entra" e me levantei arrumando meu cabelo, me olhei no espelho e estava um pouco corada.

— Te atrapalhei em alguma coisa? — James falou com um sorrisinho de lado.

— Não, não. De jeito nenhum eu estava... estava... deitada. — Sorri sem graça e certeza que estou mais vermelha que antes.

— Ok — Ele pareceu entender e eu não poderia estar mais constrangida, James me pegou no flagra enquanto eu estava me masturbando, eu nunca faço isso e quando faço fico nessa situação embaraçosa. Ótimo. — Vou dar uma saída, queria saber se você vai ficar bem.

— Ah vou sim, acho que mais tarde vou dar uma saída para resolver umas coisas, mas pode ir tranquilo. — James era muito atencioso quando queria, e isso era algo que me deixava mais avontade aqui.

Assim que ele saiu, peguei meu celular e vi que ele estava tocando novamente, era Ethan.

— Tem como parar de me ligar? — A primeira coisa que falo ao atender.

— Só queria esclarecer as coisas. — Sua voz é calma e lenta, do jeito que consegue me enlouquecer. Tenho certeza que nesse momento ele está passando a mão sobre o cabelo, eu consigo visualizar como se eu estivesse com ele.

— Você não precisa me esclarecer nada, Ethan. — Respondi me jogando na cama e ouvi um suspiro do outro lado da linha.

— Eu sei que não... — Ele fala devagar e então um silêncio toma conta da ligação. — Você sabe que não te esqueci, não sabe? — Depois de um tempo ele diz e eu dou uma risadinha.

— Volta pra sua namorada e me esquece, Ethan. — O ciúmes está mais que claro na minha voz e isso é ridículo.

— Ela não é minha namorada.

— Foda-se o que ela é sua, volta pra ela. — Eu talvez esteja sendo um pouco agressiva — Eu tenho coisas pra fazer, vou viajar no final de semana. — Eu não faço ideia do porque falei pra ele que vou viajar, mas falei, e espero que ele não pergunte se eu vou para a Califórnia.

— Vai para a Califórnia? — Ele pergunta rápido.

Caralho.

— N-não! Não, não mesmo... eu vou para... — Eu estou gaguejando igual uma idiota agora.

— Tá tudo bem, não precisa me falar. Só tinha a esperança de te ver e poder conversar como duas pessoas maduras. — Ele falou bem sério e calmo e eu realmente estranhei.

Fiquei em silêncio por bastante tempo e então inventei um desculpa e desliguei. Estava sendo difícil pra mim, eu jurava que tinha esquecido ele. Mas em apenas um dia, ele acordou diversos sentimentos dentro de mim, quais eu jurava que estavam mortos.

Imprevisível (Livro dois)Onde histórias criam vida. Descubra agora