Era 20h50 e eu estava na frente do hotel, parada sem saber se devia entrar ou não. Eu sei o que vim fazer, mas preciso saber se vou ter forças para fazer o que minha cabeça está planejando. Andei de um lado para o outro enquanto mexia no cabelo completamente nervosa. Então prendi o cabelo num coque e atravessei a rua entrando no hotel e indo direto para a recepção.
— Boa noite, preciso ir até o quarto 238. — Falei com um sorriso para a moça que aparentava ter uns 23 anos.
— Você é a Ally? Ele informou que você viria. É o 7° andar. — ela parecia muito nervosa, então apenas fui até o elevador e apertei o 7° andar.
Minha cabeça estava a mil por hora, igualzinho meu coração. Eu iria terminar qualquer coisa que restava com Ethan, e eu não estava pronta, mas era necessário. Comecei a bater o pé de nervoso e então cheguei ao 7° andar. Então logo achei o quarto 238. Caminhei lentamente até o mesmo, e cada passo, eu podia ouvir meu coração errando as batida. Quando cheguei na porta, travei. Não sabia se batia ou se dava a meia volta e ia pra casa. Depois de dois longos minutos parada, decidi ir para casa, eu sabia que não iria ser legal e não tava pronta para essa...
— Ally? — Então quando eu já estava de costas ouvi a porta se abrindo e sua voz me chamando, atrapalhando meus pensamentos.
— Oi — Falei ainda de costas pra ele.
— Você ia embora? — Ele perguntou.
Foi quando eu virei pra ele e me deparei com a cena que me vez quase ter um ataque cardíaco. Ethan, com apenas uma toalha amarada na cintura, cabelos molhados e com aquele aroma maravilhoso próprio dele.
E eu conheço essa cena. Aconteceu na nossa casa, no banheiro dos fundo do corredor do nossos quartos.
— Não exatamente, achei que estava no quarto errado. — Inventei uma desculpa que com certeza não colou, então ele pediu pra mim entrar e eu passei por ele.
— Só vou ligar o ar. — Ele falou sério demais, e eu me sentei em uma poltrona.
Ele se sentou em uma poltrona de frente para a minha e ficou me olhando, era um olhar tão profundo que eu não tive reação, e me perguntei o motivo que decidi vir aqui. Na verdade, tenho vários, mas nenhum me convence por completo.
— Estava com saudade. — Ele quebrou o silêncio depois de cinco longos minutos me olhando e olhando por todo meu corpo.
— Mas não devia. — Falei decidida dos meus próximos passos.
— Vamos acabar com isso, vamos contar para os nossos pais, somos bem grandinhos para decidir nossa própria vida. — Ele falou completamente sério, sem um vestígio de loucura.
— Não, Ethan. A gente tem a Emma agora.
— Eu ja sabia que uma hora ou outra eles iriam ter outro filho, foi um acaso ela ser nossa irmã. Mas isso ainda não faz eu e você nos tornarmos irmãos, isso não vai acontecer. — Ele se alterou um pouco, como de se esperar e eu suspirei alto e me joguei para trás na poltrona.
— Ja imaginou a cabeça dela daqui uns anos? Como vamos explicar? — Isso meche demais comigo, mas o que mais meche comigo é pensar em viver sem Ethan sem o excluir da minha vida, o vendo frequentemente. — O que a gente fez? A gente fudeu com tudo.
— Você tá arrependida? — o olhar que ele me lançou acabou com todas minhas forças, o certo seria eu dizer que sim, que eu estava arrependida, que tudo foi um erro, que eu não tava pensando quando tudo aconteceu, que ele tinha que me esquecer, falar que eu o iludi, que eu nunca o amei. Isso de fato, iria acabar com tudo e ele com certeza ia se afastar, e tudo iria terminar.
Mas não foi isso que eu fiz, eu simplesmente me levantei lentamente, me aproximei dele, me coloquei entre suas pernas e envolvi sua cabeça em meu peito enquanto acariciava seus cabelos e sentia seu corpo, segurei seu rosto e levantei para que eu pudesse olhar seus olhos.
— Não me arrependo de nada, mesmo que um dia eu venha te dizer o contrário, promete que não vai acreditar? — Seus olhos estavam brilhando pra mim, como se tudo voltasse a fazer sentido pra ele, então ele colocou suas mãos sobre minhas costas e me apertou como se eu fosse fugir dali.
— Eu te amo. — As palavras fizeram meu coração dar um pulo e um frio na minha barriga foi libertado, ele se levantou e sua mão foi até meu rosto, num toque leve ele acariciou enquanto meus olhos se fecharam, sentir seu toque era como fugir da realidade, só eu e ele existia no mundo. Abrir meus olhos e pude ver ele mais próximo, analisando meus traços, meus olhos, então seu olhar caiu até minha boca e eu fiz o mesmo, quando vi ele passando a língua levemente sobre os lábios e não pude evitar morder meu próprio lábio. Eu queria tanto o beijo dele.
— Quero te beijar. — Ele falou tão baixo, tão lento, e a essa altura, eu não respondo por mais nada, nada mais existe.
— Então me beija. — E todos meus planos para essa noite foram por água a baixo.
Então em um ato desesperado, ele me puxou meu corpo para o dele e seus lábios se juntaram aos meus, tão bom, tão familiar, tão certo. Um beijo que dizia tanta coisa, tantos sentimentos, não era um simples beijo. Sua mão passava por toda parte do meu corpo que alcançava e eu explorava o máximo que conseguia, o empurrei para a cama e cai sobre ele, e então desci meus beijos sobre seu pescoço, e ouvi arfar de prazer, logo consegui sentir seu membro sobre a toalha e sem pensar duas vezes, fui descendo meus beijos para seu peitoral e barriga, alterando entre beijos e mordidas. Quando cheguei perto da sua toalha, a puxei dos dois lados o deixando completamente nu. Ele estava me olhando com os olhos famintos, sem conseguir disfarçar o quão excitado ele estava.
Então eu levei minha mão até seu membro e comecei a acariciar lentamente em movimentos de vai e vem o observando ir a loucura.
— Você vai me matar, Ally. — Ele soltou assim que dei uma lambida lenta sobre a cabeça do seu membro, então quando eu ia o colocar na boca, a porta do quarto se abriu.
— Ethan! Você não vai acreditar quem está na recepção atrás de você fazendo o maior barraco!! — uma voz masculina atravessou meu ouvido então Ethan e eu demos um pulo, enquanto Ethan pegou a toalha e se cobriu, o tal homem chegou até onde estávamos. — Ai meu Deus, atrapalhei algo? — Ele colocou a mão sobre a boca e eu não consegui não dar risada.
— O que você acha, Erik? — Ethan falou muito bravo e eu dei uma piscadinha pra ele, que logo mudou com Erik. — Quem está na porra da recepção e fez você vir aqui? — Ele falou colocando um travesseiro no colo e eu mordi minha boca para não dar risada.
— Espera! É a Ally!! Oi Ally, namorada que eu achava que não existia do Ethan! — ele se aproximou e me abraçou.
Espera aí, Namorada?
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Imprevisível (Livro dois)
Romance⚠ ATENCÃO ⚠ Esse livro é a continuação de "Imprevisível (livro um)" Se você não curte spoiler, recomendo que pare de ler esse livro e vá até meu perfil e inície a leitura no livro um! ❥ ❥ ❥ Ally agora tem sua vida no Canadá, tudo vai muito bem...