Could be different...

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Resolvi postar esse capítulo logo, porque eu vou sair e não sei se terei internet pra postar meia noite.

Bom é isso

FELIZ ANO NOVO, BABES!

E boa leitura.

Lisa

Eu podia ter-lhe contado sobre o que sentia e o que realmente pensava, porém, fui estúpida o suficiente para não ter coragem e deixei com que escapasse, de minhas mãos, aquilo que nunca foi meu e que nunca pude segurar.

Poderia ter perguntado como ela se sentia, em vez de jogar em cima dela, sentimentos que, nem sequer, existiam. Sentimentos que, eu, queria acreditar serem meus, no lugar do amor incondicional que sinto. Sim, eu admiti, para mim mesma, que à amava, porém é tarde demais e, provavelmente, só terei mais três anos de vida, já que amo sozinha e não á tenho por perto. Talvez esses anos diminua nesse meio tempo, pois ela pode encontrar alguém e ser marcada e minhas chances de vida vão embora.

Eu poderia ter dito à ela que: ela era perfeita, que tudo nela, até mesmo as pequenas coisinhas, eram lindas, que sua voz não era enjoativa e, sim, o som mais suave e melodioso que eu já escutei na vida.

Poderia ter sido uma alfa de verdade, em vez de uma idiota completa. E cá estou me arrependendo de tudo o que fiz e o que não fiz, agora entendo o porque de darmos valor depois de perdemos. Mas dessa vez é diferente, pois nem cheguei a ter.

A cama abaixo de meu corpo era algo macio, mas ao mesmo desconfortável, como sentimos falta de algo que nunca foi nosso?

Meu rosto estava inchado. Ótimo, mais uma noite sem dormir, mais uma noite chorando e quase chegando a estar desidratada. Levantei da cama devagar e segui para o banheiro lentamente, não estava com humor ou ânimo para me preocupar com muita coisa, então, apenas, tomei um banho rápido, escovei os dentes, vesti uma roupa confortável, moleton para ser mais exata, e segui para a cozinha. Meus tios já estavam sentados na mesa e meus pais também, mommy parecia distante por algum motivo.

- Aconteceu algo, mommy? - Perguntei e ele me olhou triste, como se eu estivesse indo embora hoje mesmo.

- Não, esta tudo bem! - Ele tentou sorri, mas não conseguiu, eu também não tentei confortar, pois eu cheguei em um nível que, se não consigo me alegrar por si só, imagina alegrar os outros..

- Filha, depois da escola, quando você chegar, podemos conversar? - Meu pai falou.

- Claro Pai! O que houve? - Falei preocupada.

- Fique calma, é sobre você ir para Paris! - Ficar calma? Ele podia dizer que eu não tinha mais permissão para ir.

- Ah, tudo bem!

Não falei mais nada depois desse momento, apenas terminei o café e fui para o meu quarto pegar minhas coisas e seguir para a escola. Mas antes de eu sair meu tio, Tae, estava encostado no batente.

- Er... Aconteceu algo, tio? - Perguntei um pouco hesitante.

- Não! Você vai mesmo para Paris? - Perguntou-me e ele parecia... Triste?

- Vou, não posso permitir que meus pais me vejam acabar! - Respondi sincera.

Sabe, há momentos nas nossas vidas que não conseguimos mais segurar o que sentimos e, já que não vou mais estar aqui, posso falar tudo. Meus pais já sabem tudo, porque sempre lhes conto, mas dessa vez é diferente, eu estou falando para o pai da ômega que amo. Você passa anos e anos escondendo seus sentimentos, guardando para si tudo o que há de ruim e se culpando tanto, que chega um momento que eles se expressão sozinhos sem ao menos você perceber.

my family wolf// jjk | pjm (continuação de MAMO)Onde histórias criam vida. Descubra agora